Apesar dos protestos, a direção do Vasco entende que esta é uma pressão natural. O treinador, assim como os membros da direção de futebol, estão habituados a lidar com este tipo de pressão das bancadas.
"No Brasil, todos somos avaliados jogo a jogo. Tem situações que você gosta de fazer um planeamento a médio ou longo prazo, mas é a nossa cultura. Temos que saber conviver com isso. Tive a oportunidade de trabalhar em outros clubes e também tem essa pressão. Fábio teve essa oportunidade também", observou Marcelo Sant'Ana, diretor executivo de futebol do Vasco.
Carille não tem tido uma vida fácil no futebol brasileiro nos seus trabalhos mais recentes. Na temporada passada, comandou o Santos no regresso à elite do futebol brasileiro, mas acabou por não permanecer na Vila Belmiro, sendo dispensado antes mesmo da última jornada da Série B.
Os acontecimentos que precederam a sua saída geraram certo constrangimento. O treinador foi insultado enquanto o Santos recebia o troféu de campeão da Segundona.
No Vasco, o ambiente também não é dos melhores, especialmente porque a equipa ainda não conseguiu encontrar um rumo. Na visão de Sant'Ana, a revolta dos adeptos deve-se à falta de conquistas do Gigante da Colina.
"O Vasco tem sua maneira de ser. A claque cruzmaltina tem uma expetativa grande de voltar a ser campeã. Desde 2016 o Vasco não ganha um título. Desde 2011 não ganha um título grande, nacional. Temos que saber conviver nesse contexto", analisou.