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Justiça rejeita pedido de Neymar para "censurar" podcast biográfico

Neymar reclama de uma ação.
Neymar reclama de uma ação.MAURICIO DE SOUZA/AGIF/AGIF via AFP
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo rejeitou o pedido de Neymar Júnior para censurar um podcast que aborda as origens e as polémicas do antigo jogador do Paris Saint-Germain e do Barcelona.

O primeiro episódio do podcast, intitulado: "Projeto Neymar: Sucesso ou Fracasso?", foi publicado no YouTube a 22 de abril, apesar de um pedido de "urgência" apresentado pelo avançado brasileiro no dia anterior e rejeitado pela justiça.

A peça apresenta o pai do futebolista, Neymar da Silva Santos, como um "empresário voraz e temido no mundo do futebol" que controla grande parte das decisões do filho. Além disso, antecipa "entrevistas que mostram em detalhes os aspetos mais íntimos e desconhecidos da carreira do craque", nas próximas edições.

O juiz do caso indeferiu os pedidos de Neymar Júnior para impedir a publicação deste episódio e exigir que os autores lhe dessem conhecimento dos próximos cinco capítulos antes de publicá-los. Essas condições envolveriam "a odiosa censura prévia, vetada pelo nosso ordenamento jurídico", afirmou em decisão obtida pela AFP nesta segunda-feira.

"Não é necessário o consentimento da pessoa biografada para obras biográficas", explica a decisão, datada de 25 de abril.

Neymar regressou no início deste ano ao Santos, a equipa onde despontou para o futebol mundial. O seu regresso ao futebol brasileiro, após mais de uma década a jogar na Europa, suscitou uma enorme expetativa, mas duas lesões quase consecutivas impediram-no de brilhar em campo.

Alguns adeptos do Peixe criticam a participação de Neymar no Carnaval do Rio de Janeiro e em jogos de exibição da Kings League durante o seu período de recuperação. O São Paulo ocupa o penúltimo lugar no Brasileirão 2025, com apenas quatro pontos em seis jogos.

Os jornalistas do portal de notícias UOL enviaram a Neymar, pelo menos, um convite para participar no podcast, mas não obtiveram resposta, segundo a decisão judicial.

O tribunal, no entanto, deu ao jogador de 33 anos cinco dias para "emendar o pedido inicial" e tentar um novo recurso contra a produção.