Demora na decisão: "É com enorme orgulho e satisfação que chego a este gigante do futebol mundial. É o objetivo de qualquer treinador um clube como o Botafogo, com esta história e seu presente. (...) O processo foi um pouquinho mais longo do que parece. Vou utilizar uma palavra muito querida pela nossa claque. Houve muitos nomes, falou-se de muita gente, e o escolhido foi eu. O escolhido, como a claque se vê, é um termo bíblico, forte e bonito, a claque sendo escolhida por ser Botafogo. E, no meio de tantos nomes, senti-me o escolhido, o chosen one, como dizia o John"
Forma de jogar: "Quero atacar com muitos e defender com poucos. Proposta de jogo ofensiva, ter a bola o maior tempo possível e, quando a perdermos, recuperá-la da mesma forma. Equipe que não é reativa, que procura a baliza adversária. Em dois torneios, fomos o melhor ataque do México. Fomos as equipas que jogavam o melhor futebol no México. Fundamentado no desenvolvimento individual dos jogadores. Acredito que todos, conectados, terão um coletivo muito mais forte. Invisto muito nisso com os jogadores, com relação muito próxima. Sempre digo: perguntem aos jogadores por onde passamos. Estou muito consciente do que a claque quer em termos de qualidade de jogo, e sentir que a forma como vejo o jogo, posicional, e que a forma de jogar vai agradar bastante aos adeptos do Botafogo".

Opção: "A primeira coisa que me fez aceitar o projeto é o escudo, a grandeza, a história. Chego num momento em que vou treinar o campeão do Brasil e da América. Isso juntando a uma história de gente tão ilustre, como Garrincha, Maurício, Túlio, Nilton Santos... Isso era mais que suficiente quando o convite chegou. Recusei alguns convites porque não eram projetos. A forma do John e da Eagle de olhar o jogo é a cara da minha comissão e de como vemos o trabalho. Pedir tempo é complicado, eu sei, mas este projeto é um casamento perfeito. Nem sempre vamos ganhar. Para mim, jogar bem é relativo, mas temos que ter a bola. Os jogadores vão desfrutar muito. Temos a pressão de ganhar, com uma torcida que quer ganhar. O sonho de qualquer treinador é jogar por títulos. Dentro de tudo isso, o nome do Botafogo era suficiente. Foi uma proposta dentro de tudo o que eu vejo".
História no Brasil: "Se Abel já fez é porque se pode fazer, impossível não é. O futebol vive de ciclos e o Botafogo acaba de entrar em um vitorioso esse ano. E eu sei que só três clubes ganharam Libertadores e Brasileiro ao mesmo tempo. Mais difícil que ganhar é manter nesta realidade que é o futebol brasileiro. O calendário é muito exigente É preciso ter dois plantéis para respondermos a 75 jogos durante a temporada. Não é por acaso que existe tanta lesão só nos estaduais. O processo é complexo. O trabalho dos jogadores no campo é nosso, da comissão técnica, mas depois nós precisamos da claque para ajudar a equipa nesses momentos. É inegável o peso da bancada.