"No meu primeiro contacto, encontrei 23 portas fechadas. As federações recusaram-se a receber-me nas suas casas, sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição", escreveu Ronaldo Fenómeno no seu Instagram.
"Não pude apresentar o meu projeto, levar as minhas ideias e ouvi-las como gostaria. Não houve qualquer abertura para o diálogo", acrescentou o ex-jogador.
Ronaldo necessitava do apoio de pelo menos quatro federações e de quatro clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro para poder participar nas eleições da CBF.
A candidatura era vista com bons olhos, mas já se esperava desde o início que as federações, por mais que avaliassem Ronaldo de forma positiva, rejeitariam a possibilidade de uma mudança na liderança da entidade que rege o futebol brasileiro.
Por mais que o Fenómeno levasse adiante o desejo de enfrentar Ednaldo Rodrigues, o atual presidente da CBF, ainda estaria sujeita ao complicado sistema de eleição da entidade, que atribui grande peso aos votantes.
O mais importante para o ex-jogador seria garantir o voto dos presidentes das federações. Dentro da metodologia atual do processo eleitoral da CBF, se 24 federações votarem num candidato, este será eleito independentemente dos votos dos clubes das Séries A e B do Brasileirão.
"O estatuto concede às federações o voto de maior peso e, portanto, fica claro que não há como concorrer. A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito delas e eu respeito, independentemente das minhas convicções", afirmou Ronaldo.
"Continua a acreditar que o caminho para a evolução do futebol brasileiro é, antes de mais nada, o diálogo, a transparência e a união", concluiu.