"Já tinha conversado com os médicos. Disse que se tivesse que passar outro ano com as mesmas dores, não continuaria, iria parar de jogar este ano, porque era uma dor insuportável. Apesar de esconder a dor, era algo que me limitava muito. Não era só durante treinos e jogos. Eu convivia com a dor, eram 24 horas sob 24 horas. Isso mexeu com meu psicológico", contou Zé Rafael.
"A lesão me atrapalhou demasiado o ano e impossibilitou-me de muita coisa. Foi o ano que menos joguei, em tempo e jogos. Mas sinto que ficou para trás. A cirurgia foi o recomeço. Hoje estou 100% sem dor. Foram quatro ou cinco meses fora dos relvados , e isso faz diferença enorme", comentou sobre o procedimento realizado em fevereiro.
O jogador de 31 anos está focado em reestabelecer uma boa condição física, técnica e mental para voltar aos relvados e ajudar o Santos a subir na tabela do Brasileirão, em que ocupa o penúltimo lugar. O médio deixou o Palmeiras em janeiro e foi anunciado pelo Peixe em fevereiro.
"Iniciei este ano no Palmeiras e, quando tive a oportunidade de sair, vi como um desafio. Sabia que aqui seria um bom lugar para recomeçar. O clube deu-me essa oportunidade. Foi uma recuperação muito boa. Agora, estou a tentar voltar à minha forma. É óbvio que isso demora um pouco de tempo, não é tão natural quanto a gente gostaria. Mas estou feliz e satisfeito", disse.
Depois de quatro meses de recuperação sob os cuidados do departamento médico do Santos, Zé Rafael deve entrar na lista de convocados para o jogo contra o Ceará, pela oitava jornada do Brasileirão, na próxima segunda-feira. A partida será justamente na casa do ex-clube, o Allianz Parque, com o Peixe como anfitrião.
"Realmente é uma surpresa. Depois de tanto tempo fora, voltar e ser lá o primeiro jogo pelo Santos. Faz parte, é apenas algo que bateu. Estou preparado para jogar. Espero que seja em breve. Não sei se será segunda ou na próxima semana, mas estou me preparando para que aconteça o mais rápido possível", afirmou.

Zé Rafael fez seis temporadas vitoriosas no Palmeiras e conquistou 11 títulos. Antes disso, passou por Novo Hamburgo, Londrina e Bahia, onde deslanchou com 128 jogos, 18 gols e nove assistências em duas temporadas. Revelado pelo Coritiba, o volante chegou ao Santos como 11.º reforço do ano.