Vincenzo Italiano está pronto para enfrentar a Juventus no Estádio Allianz. Um grande jogo que permitirá ao ex-treinador da Fiorentina perceber o verdadeiro nível da sua equipa, chamada a melhorar contra os "grandes" da Serie A.
"Temos de mudar de velocidade e de mentalidade contra os chamados grandes, mesmo na Liga dos Campeões não conseguimos, só o fizemos com o empate contra a Atalanta. Temos de fazer mais contra as equipas que estão à nossa frente, equipas de valor. Vai ser um jogo difícil, eles têm ritmo, pernas e força física, temos de estar preparados de todos os pontos de vista", afirmou.
O Bolonha é a equipa que recupera mais bolas para a frente, a Juventus está em 18.º lugar neste ranking. Será correto continuar a pressionar alto contra uma Juve que é muito forte na construção a partir da base?
"Falámos sobre isso esta manhã, um aspeto óbvio da Juventus. É um facto importante para nós, que nos dá alguma satisfação. Enfrentamos uma equipa que é muito forte na construção, temos de a enfrentar com a máxima capacidade de sujar todas as bolas. É isso que procuramos, amanhã teremos de ser bons nos duelos individuais, prestando atenção ao nosso reconhecimento", explicou.

O técnico encarnado falou ainda das muitas comparações que são feitas entre o Bolonha deste ano e o da época passada.
"Sinceramente, não gosto de fazer a comparação, o ano passado foi um percurso incrível, não gosto que todas as semanas e todos os jogos vamos reviver uma situação que nunca mais será a mesma. Uma vez que cheguei, o nosso caminho é muito semelhante, então fiquemos por aqui. Muitos jogadores importantes já não estão cá, começámos um discurso com muitos jogadores jovens, para mim temos de o terminar", afirmou Vincenzo Italiano, antes de falar sobre o reencontro com Thiago Motta: "A Juve é sempre a Juve, e como jogam no Estádio é ainda mais complicado. Uma equipa muito forte, vamos ter de ser muito bons nos duelos, quando têm a bola podem colocar-nos em grandes dificuldades, amanhã veremos, cada jogo é um exame, uma batalha e amanhã temos de nos concentrar em ficar perto dos que estão à nossa frente".
A ausência de Orsolini e a fome de Castro
"A ausência de Orso faz-me sentir muito mal, interrompendo esta continuidade dos seus golos, espero tê-lo de volta o mais rapidamente possível, que regresse com esta cabeça. Lykogiannis vai faltar, temos outras situações para avaliar amanhã de manhã. Dallinga treinou hoje, parece estar muito melhor, já não sente o desconforto, estará disponível amanhã", anunciou o treinador do Bolonha.
Voltando a falar das individualidades, Vincenzo Italiano centrou-se em Castro, descrito como uma "surpresa maravilhosa".
"Já me tinha impressionado no estágio, também ele tem fome e está sempre concentrado, para mim os jovens têm de perceber que o treino lhe permite trazer para o campo tudo o que é feito durante a semana, no crescimento durante o treino. Ainda não faltou a uma sessão de treino. Tem uma obsessão, uma fome que, se a mantiver, pode tornar-se um jogador muito importante", explicou.
Italiano reencontra Vlahovic e defende Motta
O treinador do Bolinha vai reencontrar, como adversário, Dusan Vlahovic, com quem partilhou meses importantes na Fiorentina.
"Conheci um campeão naqueles seis meses em que o encontrei, um tipo que com a sua grande fome em Florença lhe permitiu marcar golos antes da minha chegada e comigo, vou abraçá-lo com prazer amanhã", afirmou.
Em conclusão, Italiano falou sobre as vaias a Thiago Motta: "Já me aconteceu no passado, posso dizer que são ingénuos, mas fico por aqui, cada um tem o seu caminho. O ambiente, o Thiago e o clube, todos juntos, fizeram algo incrível".