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D'Alessandro não esconde mágoa com Internacional devido a dívida por pagar

D'Ale ainda tem metade do valor acordado a receber
D'Ale ainda tem metade do valor acordado a receberGustavo Aleixo/Cruzeiro
O antigo médio D'Alessandro, agora coordenador de futebol do Cruzeiro, regressou ao Beira-Rio este sábado para acompanhar o duelo entre a Raposa e o Internacional, clube em que atuou durante 14 temporadas, 529 jogos e com 12 títulos.

O que construiu no Colorado não é suficiente para apagar a mágoa do ex-jogador, que continua sem receber os valores acordados entre as partes.

A dívida foi contraída por presidentes anteriores, com a gestão atual, do presidente Alessandro Barcellos, sem dar seguimento ao que foi combinado no início de 2021: pagamento de 40 parcelas de 150 mil reais (27 mil euros) para fechar a dívida de 6 milhões de reais (cerca de 1 milhão de euros)

D'Alessandro ainda tem a receber metade desse valor, sendo que o último pagamento foi feito apenas em janeiro. O ex-jogador considera recorrer à Justiça para recuperar o que considera ser seu por direito.

"Existia um esforço das gestões passadas para pagar, para ter o melhor tratamento possível, um diálogo. Hoje não tem diálogo, entreguei durante muitos anos no clube. Então a possibilidade de tomar decisão um pouco mais forte aparece", admite.

D'Alessandro é coordenador de futebol do Cruzeiro
D'Alessandro é coordenador de futebol do CruzeiroGustavo Aleixo/Cruzeiro

Sem conversa

O que incomoda o antigo médio é mais a falta de diálogo do que a falta de pagamento, ciente de que a situação financeira do clube não é das melhores.

"É uma dívida antiga. O que me deixa chateado é a omissão, não honrarem a palavra. Eu sempre honrei. Entendia as situações do clube. Nunca recusei tempo, valor, parcelas. Só assinei o papel. Hoje já não sou atleta e posso dar os detalhes.  O que mais me dói é o tratamento, a distância que se impõe. Não só não honrar o acordo. Trabalhei muito tempo no clube e em algum momento voltarei. Tenho os meus filhos na bancada, é um direito que farei valer", garante.