Contratado em 2017 ao Anderlecht por 2,5 milhões de euros, Mile Svilar chegou ao Estádio da Luz rotulado como uma das grandes promessas das balizas. Com Júlio César com 38 anos e Paulo Lopes já quarentão, os encarnados apostavam no futuro.
Contudo, a época de estreia ficou marcada por exibições desastradas contra o Manchester United acabou por ajudar à derrota das águias, eliminadas da Liga dos Campeões sem qualquer ponto.
Desde aí, Svilar ficou ligado ao Benfica até 2022 e somou apenas mais 18 jogos no plantel principal. Um guarda-redes jovem, acabou por se ver ultrapassado pela chegada de Vlachodimos e nunca mais conseguiu recuperar o estatuto de titular, relegado essencialmente para a equipa B.

Deixou a Luz em direção à Roma, a custo zero após o final do contrato, sem deixar saudades no Benfica. E se na Cidade Eterna teve dificuldades ao início para superar a concorrência de Rui Patrício, conseguiu afirmar-se e agora é um dos melhores guarda-redes da principal divisão de Itália.
Recorrendo aos dados da Opta, Svilar é o guarda-redes com maior percentagem de defesas (78,8%) na Serie A, sendo que é o quinto que mais remates teve de enfrentar (135). De resto, tendo por base a qualidade dos disparos enfrentados, Svilar tem o segundo diferencial mais positivo (salvou 7,6 golos), superado apenas por Milinkovic-Savic (+9,3).
Contra Lazio e Juventus voltou a demonstrar-se essencial. Sofreu um golo em ambos os empates, mas no dérbi romano acabou mesmo por enfrentar remates que dariam 3,4 golos. Foi peça-chave e depois de tantas dificuldades na Luz está agora no topo de um campeonato com nomes como David De Gea, Yann Sommer ou Mike Maignan.