O guarda-redes tem vindo a ressurgir em Itália, tendo sido amplamente elogiado pelas suas excelentes prestações sob o comando de Kosta Runjaic com os brancos e negros durante a campanha de 2024-25.
Depois de um período de poucas hipóteses com as Super Águias, o talentoso ex-guarda-redes do Watford está ansioso para provar o seu valor e lutar por uma vaga na equipa titular, apesar de Stanley Nwabali se ter mantido firme com a camisola número 1.
"Estou muito feliz por estar de volta às Super Águias. Como não estive presente da última vez, estou feliz por ter sido convocado novamente e estou apenas a aproveitar cada momento aqui e à espera da minha oportunidade", disse Okoye ao Flashscore.
Se não houver problemas físicos, Okoye deverá ser o titular da baliza da Nigéria no amigável desta sexta-feira contra a Rússia, no Estádio Luzhniki, em Moscovo.
Nascido em Dusseldorf, filho de pai nigeriano e mãe alemã, Okoye fez a sua estreia pelas Super Águias contra o Brasil em 2019, acabando com as especulações de que poderia jogar pela seleção alemã.
Apesar das oportunidades limitadas com a Nigéria nos últimos tempos, Okoye não se intimida e abraça a crescente competição pelo lugar de número um das Super Águias, com Stanley Nwabali a continuar a impressionar entre os postes.
"É claro que sabemos o que Nwabali fez pelo nosso país. Ele é um guarda-redes muito bom e acho que merece, porque eu nunca cheguei ao nível que tenho com as Super Águias", continuou Okoye.
"Infelizmente, nunca trouxe a minha qualidade para o jogo. Ainda não cheguei a esse ponto. Rezo e espero alcançar com a seleção nacional o mesmo nível de sucesso que tive nos clubes, porque acho que não há nada melhor do que defender o objetivo de um país, especialmente de um país como a Nigéria. Por isso, espero realmente chegar ao meu nível e ele merece jogar neste momento. Mas acho que sempre haverá chances e oportunidades, e eu só tenho que estar pronto quando elas surgirem", acrescentou.
Okoye também rejeitou as alegações de que teria desprezado a Nigéria, insistindo que representar o país continua a ser uma fonte profunda de orgulho e motivação.
Okoye foi alvo de duras críticas por parte de alguns adeptos e dos meios de comunicação social depois de ter ficado de fora da lista de convocados da Nigéria para a CAN-2023, com especulações de que se tinha afastado da seleção nacional.
No entanto, o guarda-redes das Super Águias esclareceu a situação.
"Isso não é verdade. Nunca me afastei. Apenas não fui convocado. Sempre que fui chamado, disse sempre que sim. Mesmo que não me apeteça, do fundo do coração, nunca poderia dizer que não. Se me chamarem da Nigéria, eu vou. Não há outra opção para mim", garantiu.
Quando lhe perguntaram como lidou com a pressão de jogar pela Nigéria, com o peso das expectativas dos adeptos e com a enxurrada de críticas nos dias em que as coisas não correram bem, também reagiu.
"Se é futebol de clube, se é futebol para a seleção, faz parte do jogo e acho que também é importante. Sinto muito carinho dos adeptos nigerianos e agradeço-lhes muito, muito mesmo. Todos os que estão lá fora e que apoiam quando está a correr bem, quando está a correr mal. É fantástico. É simplesmente fantástico. Temos tantos nigerianos no mundo e é fantástico ter o direito de jogar por esta seleção. Sinto-me muito, muito honrado e orgulhoso por isso. Há também um outro lado quando as coisas não estão a correr bem, a pressão, muita... conversa na Internet", afirmou.
"Mas temos de compreender as pessoas, porque o futebol é a nossa vida, não só para nós que estamos a jogar, mas também para os adeptos. Queremos também dar-lhes algo em troca. Só temos de atuar; eu só tenho de atuar e o futebol é assim. Por vezes, não se pode fugir disso, porque hoje em dia todos usamos o Instagram e outras redes sociais. Mesmo que queiramos evitar, por vezes vemos isso. Mas, como eu disse, faz parte do jogo e vemos sempre as coisas más. Mas há muitas pessoas boas e carinhosas por aí, por isso tenho de aceitar se é bom ou se é mau", concluiu.