"Sim, agora podemos dizer isso. Este é o Inter de Chivu", escreveu Capello no seu editorial na Gazzetta dello Sport.
Fabio Capello elogia Cristian Chivu e sublinha a união da equipa sob o comando do novo treinador: "Ele cumpriu a tarefa mais importante, mas também a mais delicada".
"Apagar as memórias e afastar os fantasmas do final da época passada"
O Inter de Milão está agora em segundo lugar na Serie A, empatado em pontos com Nápoles e AS Roma, e apenas um ponto atrás do líder AC Milan.
"Vê-los jogar é um verdadeiro espetáculo. É bonito ver os jogadores reunidos à volta do seu treinador, como fizeram ontem à noite (sábado) no Olímpico. Isso reflete perfeitamente a ligação que se criou. É igualmente agradável ver os nerazzurri a jogar, porque tudo está a funcionar maravilhosamente e a equipa continua a crescer. Jogo após jogo, vitória após vitória", elogiou Fabio Capello.
"Este é o Inter de Chivu, porque agora todos os jogadores, de Lautaro a Barella, de Bastoni a Calhanoglu e Dimarco, a jovens talentos explosivos como Bonny e Pio Esposito, estão perfeitamente em harmonia com Cristian", continuou Capello, que foi treinador de Chivu na Roma.
"Em apenas alguns meses de trabalho, ele cumpriu a tarefa mais importante, mas também a mais delicada, que lhe foi confiada pelo presidente Marotta e por todo o clube. Apagar as memórias e afastar os fantasmas do final da época passada. O Inter de hoje é novamente uma equipa com fome, que vence com vigor, intensidade, humildade e um enorme espírito de sacrifício. Chivu envolveu todos no projeto e os resultados são evidentes em campo. De Sommer a Zielinski, todos os jogadores do Inter sentem-se parte do grupo e estão empenhados em servir a equipa", afirmou Capello.
"Acho que é uma mudança de perspetiva muito importante"
Fabio Capello também está impressionado com o estilo de jogo da equipa, e não apenas com a sua mentalidade.
"O Inter também está a ganhar porque finalmente tem duas alternativas válidas a Lautaro e Thuram, e o mérito deve ser partilhado. O Inter está agora a pensar verticalmente, a pressionar no topo e finalmente reduziu a obsessão de construir a partir da defesa como um fim em si mesmo. Acho que é uma mudança de perspetiva muito, muito importante. Quando os jogadores se habituam a passar a bola ao guarda-redes a toda a hora ou a fazer passes laterais, acabam por fugir à responsabilidade. Chivu, por outro lado, ao pedir-lhes que avancem e joguem o mais verticalmente possível, torna-os responsáveis. Os seus homens, como verdadeiros campeões que são, abraçaram este novo caminho. É por isso que estou convencido de que os adeptos do Inter podem olhar para o futuro com grande otimismo", escreveu.
Os nerazzurri também venceram os dois primeiros jogos da Liga dos Campeões e vão defrontar o Union Saint-Gilloise na terça-feira.