Numa entrevista ao Aftonbladet, Nadim fala de um período difícil em Milão, em que não se dava bem com a treinadora neerlandesa Suzanne Bakker.
"Tive treinadores que ganharam títulos ao longo da minha carreira, por isso foi um choque para mim ser apresentada a ela. Posso dizer honestamente que o treino no campo de refugiados era melhor, por isso acho que ela tem uma espécie de complexo de inferioridade", disse Nadim à imprensa sueca.
Para contexto, é preciso recordar que quando tinha 11 anos, Nadim, a mãe e as quatro irmãs fugiram do Afeganistão e chegaram à Dinamarca como refugiadas. Além disso, a polémica atacante afirma que a nova treinadora não gosta dela e que são muito diferentes.
"Tivemos algumas reuniões e eu disse-lhe que não compreendia o seu comportamento. Quero resolver as coisas, por isso disse-lhe como me sentia. Mas se ela sabe que está a cometer os mesmos erros vezes sem conta, e nós temos expectativas diferentes, então vai ser difícil. Provavelmente, ela não está habituada a trabalhar com verdadeiras atletas de elite. Apenas jogadoras da formação que se submetem. Nós temos ambições maiores", conclui Nadim.
Nadim disse ainda na entrevista que está a ponderar quando é que vai fechar a cortina da sua carreira na seleção dinamarquesa.
"Fiz muito pela seleção nacional. Um dos meus grandes objectivos é terminar a minha carreira da melhor forma possível. Há já algum tempo que penso em deixar a Dinamarca, mas estou a tentar perceber qual é o momento certo. Gostaria de me despedir, mas tem de ser de uma forma agradável e o Campeonato da Europa seria perfeito", afirmou à imprensa sueca.
A Dinamarca já se qualificou para o torneio, que será disputado na Suíça durante o verão. Até à data, Nadia Nadim já jogou 105 vezes pela seleção dinamarquesa.