"Já apostei sim, mas nunca no futebol". Estas são as palavras de Alessandro Florenzi, que falou hoje na Procuradoria de Turim, na presença da procuradora Manuela Pedrotta e dos investigadores da brigada móvel. Detido como suspeito, o antigo jogador da Roma, agora no AC Milan, foi interrogado durante mais de uma hora.
Posteriormente, os advogados do jogador do AC Milan, Gianluca Tognozzi e Antonio Conte, intervieram.
"Florenzi foi ouvido pela procuradora Manuela Pedrotta a esclarecer a sua posição e a reafirmar a sua absoluta alheação a qualquer tipo de aposta no futebol, não tendo surgido qualquer prova ou contestação a este respeito", declararam.
Os mesmos advogados confirmaram que o jogador rossoneri "também reconheceu ter jogado em plataformas ilegais e prestou todos os esclarecimentos solicitados pela procuradora para definir a sua posição".
De acordo com a Gazzetta dello Sport, a descoberta do caso de Florenzi poderá abrir uma nova vaga de revelações sobre outros jogadores que alegadamente fizeram apostas em sits ilegais.
A posição de Gravina
O presidente da federação italiana de futebol, Gabriele Gravina, também interveio esta quinta-feira, sobre o escândalo das apostas ilegais.
"Florenzi é um dos casos que li na imprensa. Não creio que existam condições que possam causar preocupação. Não temos notícias específicas sobre a vertente desportiva, pelo que não fomos informados de quaisquer posições negativas no que nos diz respeito. Quando tivermos conhecimento do facto, tomaremos a decisão, como sempre fazemos, de punir severamente mas também de acompanhar um processo de recuperação. Mas, para já, não temos nada", afirmou o dirigente.