A mascote que recorda Maradona foi concebida por Stefano Ceci, o antigo treinador do campeão que viveu ao seu lado durante muitos anos até à sua morte, e que saiu hoje do café Gambrinus para trazer a memória de Diego à praça simbólica de Nápoles.

"Vivo todos os dias a grande ausência de Diego, mas também temos a força e o desejo de celebrar, tanto o seu aniversário como o dia da sua despedida, porque assim exorcizamos a sua ausência para aqueles que viveram, como eu, tantos anos com ele, experimentando, para além do trabalho, a verdadeira amizade", afirmou Stefano Ceci.

A manhã de Dieguito foi o início do dia da memória da cidade, que esta tarde aguarda muitos adeptos e entusiastas no Largo Maradona, no Quartieri Spagnoli, para acenderem uma vela em sua memória e depois assistirem ao jogo do Nápoles contra a Atalanta no ecrã gigante.

Também em simultâneo com o jogo Atalanta-Nápoles, Ceci preparou uma surpresa pessoal no Estádio Maradona, com uma evocação que contará com a presença de Luigi Caffarelli, antigo colega de equipa de Maradona, e atualmente membro da área de scouting da equipa de jovens do Nápoles.

Ceci organizou uma homenagem no relvado. Os adeptos do Nápoles que não puderam assistir ao jogo da equipa fora de casa em Bérgamo decidiram então iluminar todo o perímetro do estádio de Maradona às 20:00, para exprimir a recordação da cidade.

Já nos últimos dias, tinham sido organizadas em Nápoles iniciativas em memória de Maradona, com o jogo amigável entre adeptos da Azzurra e do Boca Juniors, vindos da Argentina, organizado pela Associazione Ciro Vive, que trabalha em memória de Ciro Esposito, adepto do Nápoles, morto perto do Estádio Olímpico de Roma pouco antes da final da Taça de Itália entre Nápoles e Fiorentina, em 2014.

Nos últimos dias, Ceci tem vindo a destacar o seu apoio ao Hospital Pediátrico de Santobono, em Nápoles, onde a mascote Dieguito tem estado na ala de neurologia para tirar fotografias com as crianças.