Nápoles: relação entre De Laurenttis e adeptos é vista como uma trégua em vez de paz

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Nápoles: relação entre De Laurenttis e adeptos é vista como uma trégua em vez de paz

Aurelio De Laurentiis com adeptos do Nápoles
Aurelio De Laurentiis com adeptos do NápolesTwitter
A sensação é que é uma escolha forçada pelos acontecimentos porque teria sido imperdoável - e ninguém teria perdoado nenhum deles - não se unirem antes de um evento tão importante como o jogo de terça-feira à noite contra o AC Milan

E do nada, irrompeu a paz em Nápoles. Tal como Luciano Spalletti tinha perspetivado depois da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões perdida no San Siro contra o AC Milan: "Não sei que tipo de clima esperar na segunda mão e não podem imaginar o quanto lamento ter visto o nosso estádio assim. Estamos prestes a ganhar o campeonato após 33 anos de espera, estávamos a jogar uma partida importante e ver o "todos contra todos" é algo que nunca irei compreender e que levarei sempre comigo. Se a mesma coisa acontecer no jogo da segunda mão, saio do banco e vou para casa. Porque é algo inexplicável".

O treinador toscano referia-se à dura contestação dos adeptos contra o preço elevado dos bilhetes e a aplicação rigorosa de medidas sobre tarjas e bandeiras que podem ser levadas para dentro do estádio. Um protesto que começou fora do estádio, algumas horas antes do jogo para o campeonato diante do AC Milan, que acabou com derrota pesada (0-4), e comntinuou, mais tarde, nas bancadas do Estádio Diego Armando Maradona, onde os adeptos viraram costas à equipa e permaneceram em silêncio.

O protesto dos adeptos Azzurri
O protesto dos adeptos AzzurriAFP

Uma verdadeira ferida interna que perturbou o ambiente em torno do líder mesmo na véspera do momento mais importante da época, antes dos três encontros com o AC Milan que na noite de terça-feira, novamente no Maradona, chegam ao fim. E a verdade é que teria sido inaceitável, por nenhuma razão no mundo, que o Nápoles fosse obrigado a disputar em condições próximas do surreal a oportunidade de ficar, pela primeira vez na história, entre as quatro melhores equipas do velho continente.

A paz foi um passo obrigatório tanto para as franjas mais extremistas dos adeptos Azzurri como para De Laurentiis: "Sim, é isso que temos de fazer. Precisamos que os adeptos compreendam que têm de vir ao estádio", salientou o presidente durante uma conversa com um conhecido tiktoker napolitano, Ernesto Colella, na véspera da decisão da Câmara de Nápoles de lhe assegurar uma escolta precisamente devido ao atrito com a parte mais violenta dos adeptos.

Uma escolta que o presidente irá presumivelmente continuar a ter apesar da paz assinada após um confronto de duas horas, na véspera do jogo da Liga deste fim de semana com o  Verona: "Nápoles somos nós. Presidente e adeptos unidos para vencer", pode ler-se na publicação de De Laurentiis no no Twitter.

Na realidade, porém, em vez de uma verdadeira paz, temos a sensação de que se trata de uma trégua forçada pelos acontecimentos. Porque teria sido imperdoável - e ninguém teria perdoado nenhum deles - não se unirem antes de um encontro tão importante como o jogo de terça-feira à noite contra o AC Milan.