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Nkunku será o novo rosto do ataque do AC Milan

A alegria de Christopher Nkunku
A alegria de Christopher NkunkuJustin Setterfield / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

Depois de brilhar no RB Leipzig e enfrentar altos e baixos em Londres, o francês está pronto para entrar no universo rossoneri. Por 35 milhões de euros mais bónus, o AC Milan aposta num talento completo, capaz de desempenhar várias funções ofensivas. Mas a questão é: será capaz de repetir em Milão a façanha que encantou a Bundesliga?

Cinco anos de contrato, 35 milhões de euros fixos em cima da mesa, mais bónus que podem fazer subir a fatura até aos 42. Nada de puxões de orelhas, nada de telenovelas: as negociações fecharam-se em tempo recorde. O Milan decidiu não perder tempo e garantiu Christopher Nkunku, pronto para se tornar o novo rosto do ataque rossoneri.

O Milan está a tentar um velho hábito que tem dado bons resultados nos últimos anos: pescar entre os rejeitados do do Chelsea e extrair o ouro. Foi o que aconteceu com Tomori, que deixou de ser suplente em Londres para se tornar fundamental nos rossoneri. Aconteceu com Pulisic, que renasceu em Milão com golos, assistências e liderança. Loftus-Cheek ainda está a trabalhar nisso, mas o caminho está traçado.

Agora é a vez de Nkunku. E se o talento for o mesmo dos seus tempos em Leipzig, então há de facto motivos para sorrir.

Como Allegri vai usá-lo? Um problema a ser resolvido

Com um jogador como Nkunku, o primeiro dilema não é se ele vai jogar. Mas onde. O investimento feito e a qualidade do francês não deixam dúvidas de que será titular. O problema é inseri-lo num sistema em que ainda falta uma peça fundamental: o avançado centro.

Em Lecce, por exemplo, ainda será a vez de Santiago Giménez comandar o ataque. Mas com Nkunku pronto e Leão totalmente recuperado, as opções ofensivas começam a ficar interessantes. Allegri já experimentou o português como um ponta de lança atípico, explorando a velocidade e profundidade. Com Pulisic e Nkunku atrás dele, num hipotético 3-4-2-1, o Milan pode tornar-se numa máquina de transição, capaz de atacar de todos os ângulos.

A zona central, com Leão livre para se movimentar, poderia ser ocupada alternadamente por Nkunku e Pulisic, numa troca contínua de papéis. E com um meio-campo de três homens na defesa, Allegri teria finalmente o equilíbrio certo para lidar com a presença de três jogadores ofensivos ao mesmo tempo.

É difícil, pelo menos por enquanto, imaginá-lo como um avançado puro. Não está no seu DNA. E é também por isso que o Milan continua a olhar em volta.

O perfil ofensivo ideal?

A dúvida, na verdade, foi levantada pelo próprio diretor desportivo Igli Tare, no final de junho, quando, falando sobre o mercado, declarou: "Estamos à procura de um avançado com caraterísticas diferentes de Gimenez, um pouco como Giroud".

Nkunku, deste ponto de vista, é o oposto. Não é um homem de área, não é um jogador de costas e de golos sujos. Não é, em suma, o terminal clássico que completa o mosaico. E é precisamente aqui que o espaço se abre para outra jogada. Até segunda-feira, a última curva do mercado, ainda pode acontecer alguma coisa.

O avançado "tipo Giroud" continua na mira. Nkunku, por sua vez, prepara-se para fazer o que sabe fazer melhor: movimentar-se entre as linhas, confundir as defesas e inventar futebol.