A última aposta do Parma num técnico sem experiência na Série A foi vitoriosa. Aliás, a escolha de Cristian Chivu foi tão acertada que o Inter convidou o antigo jogador para assumir os nerazurri. A direção dos gialloblù decidiu então ser ainda mais ousada, optando por um perfil ainda menos convencional: Carlos Cuesta foi oficialmente apresentado como novo treinador dos Crusaders esta quinta-feira.
O espanhol, aos 29 anos, não se torna o treinador mais jovem da história da Série A, mas fica em segundo lugar. O recorde continua a pertencer a Elio Loschi, que dirigiu o Triestina como treinador-jogador com 29 anos e 9 meses em 1939. Cuesta, a 24 de agosto - data da primeira jornada da próxima época - terá 30 anos e quase um mês: continuará a ser o treinador mais jovem da primeira divisão italiana nos últimos 86 anos.
Currículo de adjunto
Até à data, o espanhol trabalhou ao lado de Mikel Arteta no Arsenal como adjunto, sem nunca ter sido treinador principal ou de camadas jovens. Anteriormente, foi adjunto das equipas sub-17 do Atlético de Madrid e da Juventus antes de se juntar ao banco dos gunners em agosto de 2020, onde continuou a sua formação.
Agora, espera-o a sua primeira experiência como treinador principal: uma tarefa difícil, mas facilitada pelo facto de o Parma ter um plantel muito jovem. Isto permitir-lhe-á evitar dinâmicas complicadas relacionadas com a idade, uma vez que na última jornada da época passada a média de idades do plantel era de 24,1 anos. Apenas o brasileiro Hernani, de 31 anos, titular naquela ocasião, era mais velho do que ele.
A profecia de Xhaka
Granit Xhaka disse nos últimos meses que estava convencido de que Cuesta se tornaria treinador de um grande clube. "Tenho a certeza disso. Digo isto porque ele sabe o que quer, tem ideias claras. Tenho a certeza de que um dia o veremos no banco de suplentes como treinador", afirmou o médio.
Esta confiança vem na sequência de uma escolha igualmente corajosa por parte da direção do Parma. Cristian Chivu, antes de assumir o banco de suplentes do clube, nunca tinha treinado na Série A, mas tinha sete anos de experiência na formação do Inter. Depois de apenas seis meses no Parma, voltou para treinar a equipa principal dos nerazzurri.