Sérgio Conceição não é apenas um treinador, mas um verdadeiro "durão", capaz de ganhar respeito com a sua abordagem direta e decisiva. Um carácter forte que, provavelmente, é o que mais faz falta a esta equipa de Milão, que até agora tem parecido demasiado mole e sem personalidade.
Os rossoneri optaram por apostar noutro português, mas com caraterísticas decididamente opostas às do recentemente exonerado Fonseca. Conceição difere profundamente do seu antecessor, cuja filosofia se baseia mais no controlo do jogo e na posse de bola. Pelo contrário, o treinador lusitano adopta uma visão decididamente mais pragmática: abandona muitas vezes a beleza em si mesma para se concentrar num futebol sólido e funcional, privilegiando o 4-4-2 ou o 4-2-3-1, onde a verticalidade se torna um objetivo prioritário.
Na fase sem posse de bola, o treinador lusitano adoptou até ao momento uma estrutura compacta, defendendo com grande ordem com duas linhas cerradas de quatro jogadores, apoiadas por dois avançados prontos a proteger as linhas adversárias. Quando a equipa tem a bola, no entanto, a sua abordagem torna-se mais fluida e adaptativa.
As suas formações brilham mais pela resistência e dureza do que pela estética (que, no entanto, não falta). Equipas temíveis, que não dão nada e se fazem respeitar pela sua concretização e garra. Não é por acaso que Conceição exige uma constante entrega física dos seus jogadores, contando com um plantel de atletas capazes de responder com força e disciplina às suas exigências. Assim, confirma-se como um treinador com uma mentalidade vencedora, determinado a fazer da resiliência a sua imagem de marca.
A tarefa do novo treinador do AC Milan, antes mesmo de passar para o aspeto tático, será principalmente orientada para o aumento da moral da equipa, incutindo novos estímulos e tentando recompor um ambiente que, até agora, tem estado dividido. O desafio será unir o grupo, motivá-lo e restaurar a coesão, para que possa enfrentar da melhor forma um 2025 que promete ser difícil e cheio de armadilhas.
O novo treinador rossoneri é conhecido precisamente pela sua capacidade de motivar os seus jogadores e pelo seu carisma: talvez a melhor escolha para esta equipa de Milão?

Em sete anos ao leme do Porto, Sérgio Conceição conquistou três títulos nacionais, chegando por duas vezes aos quartos de final da Liga dos Campeões. Na carreira, conta agora com uma presença constante nas competições europeias, onde consolidou o seu prestígio como treinador de topo.
Durante o verão, aliás, o seu nome já circulava nos círculos milaneses como o sucessor de Stefano Pioli. Muitos dos adeptos do Diavolo depositaram grande fé na possibilidade de o verem ao leme da equipa, esperando que fosse ele o escolhido para se sentar no banco do clube, mais tarde confiado ao seu compatriota Fonseca. Agora, seis meses depois, o ex-treinador do FC Porto vai finalmente poder liderar a formação milanesa.
O primeiro compromisso oficial terá um valor único e simbólico para Sérgio, que irá defrontar o seu filho Francisco, que joga na Juventus, na meia-final da Supertaça de Itália, agendada para sexta-feira, 3 de janeiro, às 19:00.