Pavel Nedved (53 anos), diretor-geral da seleção checa, foi condenado a um ano e dois meses de liberdade condicional em Itália, depois de ter feito um acordo no caso da falsificação das contas da Juventus, da qual era vice-presidente. O facto foi noticiado pela AP.
A juíza de Roma, Anna Maria Gavoni, aceitou esta segunda-feira um acordo de confissão num caso que está a ser observado de perto e que envolve o clube mais bem sucedido de Itália, como parte de um acordo de sentença com os principais executivos da Juventus. O antigo presidente Andrea Agnelli recebeu a pena mais longa, um ano e oito meses de prisão.
Todas as penas foram suspensas e, de acordo com a legislação italiana, a negociação do acordo não exige uma confissão de culpa. O clube foi também multado em 156.000 euros.
O processo diz respeito a alegações de que a Juventus falsificou as suas demonstrações financeiras, principalmente em relação às transferências de jogadores e aos salários dos futebolistas durante a pandemia do coronavírus. O processo deveria inicialmente ser julgado pelo tribunal de Turim, a cidade natal do clube, a partir de 2023, mas a pedido dos advogados da Velha Senhora, a audiência foi transferida para Roma.
Em junho passado, Agnelli, Nedved e os outros arguidos pediram para resolver o caso através de um acordo judicial, depois de os procuradores terem tentado levá-los a julgamento por manipulação de acções, obstrução à supervisão e contabilidade falsa. Os antigos diretores do clube negaram a culpa.
Num outro caso de irregularidades contabilísticas, a Juventus perdeu 10 pontos na classificação da Serie A na época 2022/23 e foi eliminada da Liga Europa no ano seguinte pela UEFA. Neste caso, Nedved foi banido do futebol durante oito meses, juntamente com outros dirigentes do clube, mas esta decisão foi anulada por um tribunal do Comité Olímpico Italiano.
Nedved, antigo capitão da seleção checa e vencedor da Bola de Ouro em 2003, passou mais de 21 anos na Juventus como jogador e dirigente. Juntamente com outros membros da direção, demitiu-se no final de 2022, precisamente devido a alegações de falsificação de contas. Em junho passado, o antigo médio de renome tornou-se diretor-geral da seleção checa de futebol.