"Theo e Leao são dois rapazes a quem eu amava a alma e dois rapazes que, na minha opinião, precisavam de certos tipos de relações, mas ao mesmo tempo dois rapazes que são ensolarados, bonitos, difíceis porque não são tão contínuos, por vezes um pouco indolentes", disse Stefano Pioli, atual treinador do Al Nassr e antigo treinador do AC Milan, disse à Radio Serie A.
"Tive uma bela relação com eles, mas por vezes irritavam-me, porque são dois jogadores que podem condicionar o resultado do jogo, tanto positiva como negativamente. Quando os conheci, eram muito jovens, sobretudo o Rafa. O Theo era talvez o segundo ano em que jogava continuamente, porque tinha sido novamente emprestado pelo Real Madrid. Por isso, na minha opinião, especialmente quando chegam a uma liga tão complicada, num ambiente em que há tanta pressão, tanta expetativa, precisam de ser ajudados, incentivados, estimulados", continuou.
Léo e Theo são dois jogadores que Paulo Fonseca, mais tarde despedido, teve dificuldade em gerir. Pioli explica qual era o seu método:
"Ajudá-los não significa mimá-los a toda a hora, às vezes sim, mas outras vezes significa dar-lhes uma cenoura e um pau no escritório e outras vezes à frente de toda a gente. Em suma, foi um bom trabalho e penso que alcançámos êxitos importantes", indicou.
O técnico campeão italiano ao serviço do AC Milan, deixou ainda rasgados elogios ao internacional português.
"Pessoalmente, continuo a ver um crescimento contínuo do Rafa. Depois, não sei se um dia ele poderá tornar-se num jogador de topo e ganhar uma Bola de Ouro. Sempre o apoiei, sempre o disse, continuo a pensar que pode vir a ser Bola de Ouro, que o seu crescimento é contínuo, mas que dentro desse crescimento pode haver por vezes momentos baixos, mas será sempre um jogador assim, porque certas caraterísticas mantêm-se, sempre a crescer e a melhorar.