"Nem Hummels nem Paredes estão entre os convocados, dei-lhes férias. Agora é abrir a teia... Mas estes dois rapazes com De Rossi e Juric jogaram pouco, comigo jogaram muito e por isso disse-lhes para irem de férias, para estarem com as famílias. Não vão estar em Veneza e não é por terem jogado mal em Milão, pois deram 100 por cento. Têm de descansar para estarem no seu melhor", disse Claudio Ranieri na conferência de imprensa dois dias antes do jogo contra o Veneza.
Voltando ao jogo contra o AC Milan, disse: "Ainda hoje felicitei os rapazes por uma razão simples: lutaram até ao fim. Aos 3-1, viram uma equipa que desistiu? Não vi. Depois, alguém jogou abaixo do seu potencial, mas os jogadores não são máquinas elétricas".
Ranieri concluiu: "Vamos agarrar-nos a esta Roma, vamos amá-la, não com palavras, mas com atos. Dizem que 'não se discute a Roma, ama-se'. Bem, hoje parece-me uma proporção de 70-30, há muita discussão e menos amor e isso não é bom. Já pus os rapazes em sentido, porque não estava preocupado com os jogos contra o Eintracht e o AC Milan, mas é com o Venezi que quero ver o verdadeiro caráter, aqui quero ver a verdadeira Roma".
O bilião de Friedkin
O treinador dos Giallorossi também voltou a falar da situação da empresa: "Estamos a navegar numa tempestade, mas os Friedkins são sólidos. Os proprietários gastaram muito dinheiro desde que entraram a bordo, e posso partilhar as críticas de que algum não foi bem gasto, mas já investiram mais de mil milhões até agora e outro será investido no estádio", acrescentou Ranieri.
E ainda: "Mais do que fizemos em janeiro, não podíamos, o Fair Play Financeiro obriga-nos a não exceder certos parâmetros, caso contrário pagamos com a exclusão das competições europeias. Como é que se tira isso? Aumentando as receitas e diminuindo os custos, depois avançando nas taças, como na Europa, ou vendendo jogadores que nos podem fazer dinheiro. Também eu, tal como o Dan Friedkin, queria o Kolo Muani, mas não era uma operação sustentável".
Ranieri prega então a calma: "Roma não se fez de um dia para o outro, dêem tempo a este proprietário para fazer o que tem em mente. É mais fácil criticar do que fazer. Mario Cecchigori contou-me que, quando Brunelleschi construiu a cúpula, toda a gente dizia 'vai cair'. Mas ainda lá está... por isso criticamos, mas na medida certa".