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Reijnders fala de Sérgio Conceição e do interesse do Manchester City

Tijjani Reijnders, médio do AC Milan
Tijjani Reijnders, médio do AC MilanGiuseppe Maffia / NurPhoto / NurPhoto via AFP
Tijjani Reijnders falou ao "The Athletic" na véspera da final da Taça de Itália: época dececionante, apesar da possibilidade de conquistar dois troféus. Entretanto, o Manchester City está a observá-lo de perto: Guardiola vê-o como o possível herdeiro de Kevin De Bruyne.

Na véspera da final da Taça de Itália contra o Bolonha, Tijjani Reijnders conta a sua história numa entrevista ao The Athletic, sem filtros nem rodeios. O médio neerlandês do AC Milan, um dos mais consistentes da época dos rossoneri, analisa a evolução da equipa com lucidez e sentido crítico, consciente de que o balanço não pode ser satisfatório.

"Não, não. Não podemos dizer, em caso de vitória, que a nossa época foi boa", explicou sem hesitar.

"Claro que ganharíamos dois troféus, mas o AC Milan tem de disputar o Scudetto e ir o mais longe possível na Liga dos Campeões. Isso não aconteceu. Felizmente, temos uma final para disputar que nos pode permitir ganhar outro troféu. Mas não. É uma mistura de sentimentos", afirmou.

Uma análise amarga, fruto de uma época oscilante, em que o AC Milan acumulou menos 14 pontos do que na época passada: "É frustrante, porque temos qualidade."

O problema, segundo Reijnders, tem sido a descontinuidade: "Ganhámos ao Real Madrid, por exemplo, e depois empatámos com o Cagliari."

Um ano complicado também devido à mudança no comando técnico, com a chegada de Sérgio Conceição: "É sempre diferente quando chega um novo treinador. Ele tem de transmitir as suas ideias rapidamente. Por vezes tivemos azar. Por vezes, não estivemos presentes desde o início do jogo".

Mas agora há o Bolonha, um obstáculo para terminar a época com dois troféus.

"É uma equipa complicada de defrontar. Jogam um contra um em todo o campo, pelo que temos de fazer muitas movimentações durante o jogo. No entanto, não podemos entrar em campo e ter medo do Bolonha. Somos o ACMilan e temos de o provar", defendeu.

Entre o presente e o futuro, Reijnders também encontra espaço para uma pequena homenagem pessoal: Kevin De Bruyne. O médio do Manchester City foi a sua principal referência no seu crescimento futebolístico.

"Quando era criança, seguia muito o Barcelona. Depois cresci e comecei a seguir o Kevin De Bruyne. Via todos os jogos que ele jogava, os vídeos no YouTube, especialmente a forma como ele analisava o campo antes de receber a bola, para saber sempre onde estava o espaço. Tento fazer o mesmo", assumiu.

Reijnders, o herdeiro de De Bruyne no City?

O Manchester City está pronto para renovar profundamente o seu meio-campo e entre os nomes que estão no topo da lista de Pep Guardiola está Tijjani Reijnders. O treinador catalão ficou impressionado com a época do médio neerlandês no AC Milan e considera-o um possível reforço fundamental para relançar a equipa depois de um ano complicado.

Os Citizens já iniciaram contactos exploratórios com os representantes do médio, que acaba de renovar o seu contrato com o AC Milan até 2030. Os rossoneri consideram-no fundamental para o projeto e não tencionam vendê-lo, a menos que recebam uma proposta irrecusável. Difícil, mas não impossível.

Reijnders, por seu lado, nunca escondeu a sua admiração por Kevin De Bruyne. E é precisamente o belga que vai deixar o City no final da época, abrindo uma lacuna que Guardiola gostaria de preencher com um médio de formação.

Para além de Reijnders, o clube inglês segue também Florian Wirtz e Morgan Gibbs-White. Mas para Pep, o jogador do AC Milan está no topo da lista.