Após o anúncio e a chegada a Milanello, Sérgio Conceição apresentou-se à imprensa para a sua primeira conferência como treinador do AC Milan. Tudo isto a poucas horas da partida dos rossoneri para a Arábia Saudita, onde vão jogar a meia-final da Supertaça contra a Juventus, na sexta-feira à noite.
"Estou orgulhoso, é um prazer para mim vir trabalhar para uma grande, enorme equipa. É uma equipa que conheço como jogador e também como treinador, já que a defrontei há três anos", começou por dizer o português, que se disse pronto para o grande desafio que está prestes a começar.
Um desafio, no entanto, em que terá de merecer o apoio dos adeptos: "Os adeptos são a alma dos clubes, sem eles é difícil e é difícil crescer. Temos de respeitar estes valores, temos de trabalhar para a grandeza do AC Milan. A culpa não é apenas de uma pessoa, mas de muitas, que compõem a estrutura, a equipa e o clube. Agora temos de refletir, não temos muito tempo para trabalhar, uma vez que enfrentamos a Juve na sexta-feira".
"O Francisco em casa é o meu filho e falo com ele todos os dias. Mas sexta-feira será um rival", acrescentou sobre o desafio que o espera contra o Francisco Conceição, agora titular na Juventus. Para o português, no entanto, há um aspeto que não pode ser esquecido:"A qualidade não é negociável. Essa fome de chegar ao final do jogo sabendo que se deu tudo para ganhá-lo não é fácil. Eu vivo o jogo intensamente e quero que os meus jogadores o façam como eu, como os adeptos. É esse o caminho a seguir. Os seus olhos devem brilhar quando entram em Milanello".
Questionada sobre a situação atual, Conceição explicou: "No verão, todas as semanas havia um clube interessado em mim, falam sempre, é normal, porque saem notícias que não podemos controlar. Para mim, o momento do AC Milan não era importante. Foi tudo muito rápido. Porque é que vim para o AC Milan? Estou a treinar uma das melhores equipas do mundo. Não podia dizer que não, apesar de ter outras situações que respeito muito".