Roma 0-1 Inter
Com tanto em jogo, ninguém ficou surpreendido ao ver Lautaro Martínez demorar apenas quatro minutos a receber o primeiro cartão amarelo do jogo.

Mais importante ainda, o seu companheiro de ataque, Ange-Yoan Bonny, furou a barreira do fora de jogo e inaugurou o marcador perante Mile Svilar, logo aos seis minutos de jogo. O cabeceamento de Bryan Cristante esteve perto de igualar o marcador, antes de Henrikh Mkhitaryan desperdiçar a oportunidade de ampliar a vantagem dos nerazzurri.
Houve um período em que os giallorossi pareciam perdidos e frustrados em igual medida, mas evitaram sofrer o segundo golo e começaram a tentar causar problemas na direção oposta. A equipa de Gian Piero Gasperini ainda lutava para romper a barreira de camisolas brancas à sua frente. A agressividade continuou no segundo tempo, com Martínez a cabecear para fora e Denzel Dumfries a ser negado após um contra-ataque estrondoso.
Yann Sommer levantou-se para negar a Paulo Dybala e defendeu o cabeceamento de Mario Hermoso, antes de Zeki Çelik ver o seu remate desviado para canto, no qual o substituto Artem Dovbyk falhou o alvo numa oportunidade de ouro. Com o tempo a passar, Sommer segurou depois o remate de Matías Soulé, antes de a tentativa de Alessandro Bastoni do outro lado ser desviada para fora.
Mkhitaryan acertou na barra com o seu remate no final, mas o Inter fez o suficiente para registar a sua sexta vitória consecutiva em todas as competições e juntar-se ao Nápoles e à Roma no topo da tabela com 15 pontos. O AC Milan pode ultrapassar este trio e liderar o na segunda-feira, e fará exatamente isso se vencer a Fiorentina no seu próximo jogo. Entretanto, a Roma está ansiosa por recuperar o mais rapidamente possível, pois, embora esta seja apenas a segunda derrota sofrida na Serie A esta temporada, já são duas derrotas nos últimos três jogos em todas as competições.

Torino 1-0 Nápoles

A equipa da casa entrou melhor e, logo nos primeiros minutos, mostrou ambição. Vlasic foi o primeiro a ameaçar, com um remate em arco que beijou o poste interior antes de atravessar a linha de golo e sair (14’). Do outro lado, David Neres era o mais irrequieto do Nápoles, criando desequilíbrios, mas sem eficácia na finalização.
O golo decisivo surgiu aos 32 minutos. Gilmour perdeu a bola em zona proibida e Simeone, rápido e oportunista, aproveitou o ressalto para ultrapassar Milinkovic e empurrar para o fundo das redes. Por respeito ao seu antigo clube, o avançado argentino não festejou, mas o estádio explodiu de alegria.
O Nápoles tentou reagir de imediato, mas encontrou um Torino compacto e bem organizado. Pedersen ainda desperdiçou uma boa oportunidade para aumentar a vantagem, num remate travado por Milinkovic. Ao intervalo, o 1-0 mantinha-se e o público acreditava numa noite de redenção.
Na segunda parte, os napolitanos subiram de intensidade e procuraram o empate com insistência. De Bruyne tentou comandar as operações no meio-campo e Anguissa esteve perto de marcar de cabeça (49’), mas a pontaria não ajudou. Spinazzola e Neres também criaram perigo, obrigando Israel a intervenções seguras.

Com o passar dos minutos, o cansaço começou a pesar e o Torino soube gerir o jogo com maturidade. A equipa de Baroni recuou linhas, apostando no contra-ataque e na entreajuda defensiva. O Nápoles chegou a empatar já nos descontos, mas o golo de Lang foi anulado por fora de jogo após um lance confuso com Politano.
O apito final trouxe alívio e festa para os granata, que sobem provisoriamente ao 13.º lugar e voltam a sorrir após semanas difíceis. Já o Nápoles, órfão das suas principais referências ofensivas, sai de Turim com um sabor amargo e a sensação de ter deixado escapar mais do que três pontos.