Inter 2-1 Sassuolo
Cristian Chivu começava a sentir a pressão no banco nerazzurro após duas derrotas seguidas no campeonato, e a receção ao Sassuolo trazia memórias amargas, já que os Neroverdi tinham derrotado o Inter nos dois jogos da Serie A há duas épocas.
As dúvidas dissiparam-se cedo: aos 14 minutos, uma jogada magnífica culminou no golo de Federico Dimarco. Nicolò Barella arrancou pelo meio, encontrou Petar Sučić, que com grande visão assistiu Dimarco para uma finalização precisa de pé esquerdo, sem hipóteses para Arijanet Murić.
O Inter parecia embalado e continuou a criar perigo: Hakan Çalhanoğlu atirou por cima num remate de longe após nova boa jogada coletiva, e Marcus Thuram falhou o alvo por pouco depois de um passe em profundidade de Denzel Dumfries. A primeira parte correu dentro do esperado para os anfitriões, mas o Sassuolo mostrou sempre a sua ameaça no contra-ataque, com Armand Laurienté e Domenico Berardi muito ativos.
No recomeço, o Inter voltou a expor as fragilidades defensivas do adversário, e apenas um corte providencial de Josh Doig impediu Dumfries de ampliar a vantagem. Ainda assim, o Sassuolo nunca deixou de incomodar: Laurienté obrigou Josep Martínez a defender em esforço após um contra-ataque rápido, e Pio Esposito disparou um míssil que passou a rasar a barra. Pouco depois, Martínez teve de se superar, com uma defesa espetacular a uma cabeçada de Andrea Pinamonti.
A equipa de Fabio Grosso manteve-se bem organizada defensivamente, pronta para explorar transições rápidas, mas parecia tudo resolvido quando, aos 81 minutos, Carlos Augusto rematou e contou com um grande desvio para enganar Murić e fazer o 2-0. No entanto, o Sassuolo respondeu de imediato: Walid Cheddira apareceu oportuno na área e reduziu para 2-1.
O Inter ainda teve um golo anulado a Davide Frattesi por fora de jogo. No final, a vitória ficou mesmo em Milão, mas a exibição não dissipou as dúvidas quanto ao arranque pouco convincente da temporada. Já o Sassuolo sai com motivos para se sentir encorajado pela boa réplica dada.
Torino 0-3 Atalanta
Depois da pesada derrota frente ao Paris Saint-Germain na Liga dos Campeões a meio da semana, os problemas da Atalanta agravaram-se quando Nicola Zalewski foi forçado a sair ao fim de apenas 10 minutos.
O Torino tentou aproveitar a reorganização dos visitantes pouco depois, mas Nikola Vlašić rematou ao lado. O primeiro remate enquadrado foi da Atalanta, com Nikola Krstović a acertar bem na bola, mas sem dificuldades para Franco Israel. Já ao minuto 30, a história foi outra: Krstović marcou o seu primeiro golo pelo clube. Lazar Samardžić resistiu à pressão defensiva na direita e serviu o avançado desmarcado na área, que finalizou de forma certeira para inaugurar o marcador.
Quatro minutos depois, foi Kamaldeen Sulemana a estrear-se a marcar na Serie A e a dobrar a vantagem. A jogada começou com Samardžić a rematar ao poste, Zappacosta recuperou a bola e assistiu o ganês, que colocou rasteiro no canto da baliza. A fase avassaladora fechou-se aos 38 minutos: desta vez, Sulemana apareceu solto pela esquerda e ofereceu o golo a Krstović, que encostou para o 0-3 e completou o seu bis. Antes do intervalo, Sulemana ainda atirou à malha lateral, mas a Atalanta saiu para o descanso confortável com três golos de vantagem.
Com apenas um dos últimos 11 jogos do Torino a ver ambas as equipas marcar, as hipóteses de recuperação já eram reduzidas – e ficaram ainda menores apesar das três substituições ao intervalo. Giovanni Simeone tentou mexer com o jogo, primeiro com um remate tímido antes da hora, depois com uma boa arrancada que obrigou Carnesecchi a intervir. Mas foi a Atalanta quem esteve mais perto de novo golo, novamente por Sulemana.
A 20 minutos do fim, Saúl Coco foi derrubado por Odilon Kossounou dentro da área visitante. Após consulta do VAR, o árbitro Andrea Colombo assinalou penálti, mas Duván Zapata desperdiçou contra a sua antiga equipa: Carnesecchi defendeu. Já perto do final, Raoul Bellanova esteve perto do 4-0 com um excelente vólei que saiu ligeiramente por cima. Ainda assim, a Atalanta não precisou de mais: conquistou a 13.ª vitória fora em 18 jogos da Serie A, enquanto o Torino sofreu apenas a sua terceira derrota em 14 partidas no Stadio Olimpico di Torino.
