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Serie A: Udinese dá a volta e vence Inter de Milão em San Siro (1-2)

A alegria de Keinan Davis em San Siro
A alegria de Keinan Davis em San SiroTommaso Fimiano/IPA Sport / ipa-agency.net / IPA / Profimedia
San Siro curva-se para a Udinese: uma reviravolta inesperada e cheia de personalidade derrubou o Inter, dando aos friulanos três pontos muito importantes. A noite dos nerazzurri transformou-se num pesadelo, após o golo inicial de Dumfries, apanhado e ultrapassado pelos golos de Davis e Atta.

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Notas finais dos jogadores
Notas finais dos jogadoresFlashscore

Tudo parecia pronto para a segunda festa nerazzurri consecutiva no San Siro, depois da vitória por 5-0 sobre o Torino. Em vez disso, o que deveria ter sido uma noite de confirmações para o Inter transformou-se numa página memorável para a Udinese, capaz de se impor com personalidade e coragem.

Os friulanos, com menos um golo, anularam as previsões e o resultado com as assinaturas de Davis e Atta, impondo-se por 1-2 em casa dos nerazzurri.

Inter entre altos e baixos

A primeira parte foi uma verdadeira montanha russa, surpreendente até para San Siro. O Inter começou com autoridade, mas a Udinese respondeu golpe a golpe, virando o marcador e deixando os anfitriões em dúvida no intervalo.

O início foi totalmente nerazzurri: ritmo acelerado, posse de bola fluida, ideias claras. Dimarco ditava o ritmo, Dumfries pressionava com continuidade, enquanto Çalhanoğlu e Lautaro construíam combinações densas e rápidas. Foi o argentino que teve a primeira oportunidade real, mas foi emparedado no último momento. Era a antecipação de uma pressão inicial constante, que, no entanto, não se traduziu imediatamente em vantagem.

A Udinese, longe de se intimidar, defendia com ordem e avançava com convicção. Aos nove minutos, o número 10 dos nerazzurri perdeu uma bola no meio-campo e Bayo, ex-Watford, arrancou em campo aberto: o seu potente remate de pé direito rasou o poste e fez Sommer tremer. O Inter respondeu imediatamente com um canto venenoso: Bastoni virou-se para a baliza, mas Bertola defendeu com uma intervenção oportuna.

O jogo estava vivo, o equilíbrio ainda era precário. Aos 17 minutos veio a reviravolta: Thuram entrou elegantemente na área e serviu uma bola perfeita para Dumfries, que sozinho não falhou. 1-0 para o Inter, confirmado após um breve controlo do VAR.

Parecia o prelúdio de um jogo em declínio, mas a Udinese tinha outros planos. Seis minutos depois, aos 23 minutos, uma ação suja mas eficaz tornou-se decisiva: passe aéreo de Bertola, Dumfries interveio com o seu braço largo. O árbitro assinalou a grande penalidade sem hesitar. Davis apresentou-se nos onze metros e não cometeu qualquer erro. Estava feito o 1-1 e a situação mudou de figura.

Atta silenciou o San Siro

A partir desse momento, a equipa de Runjaić cresceu. Entrou em campo, geriu os ritmos, mostrou uma maturidade surpreendente. O Inter viu-se vulnerável. E aos 40 minutos veio a jogada que virou tudo de cabeça para baixo: Atta recebeu a bola na entrada da área, controlou-a com frieza, moveu-se para o centro da direita e desenhou uma trajetória perfeita que passou por Sommer. Um golo para aplaudir, que silenciou o San Siro.

Na final, a Udinese controlou de forma ordenada, sem se preocupar. O Inter tentou reorganizar-se, mas a equipa visitante aguentou bem a pressão e aguentou a primeira parte até ao apito final com grande lucidez.

VAR impediu a reviravolta

A segunda parte transformou-se num longo cerco nerazzurri, cheio de raiva mas pobre em precisão. O Inter acelerou o motor, pressionou com fúria, mas encontrou uma impenetrável muralha bianconera à sua frente. Thuram quase empatou com um cabeceamento, Calhanoglu tentou de longe: a baliza da Udinese parecia enfeitiçada.

Aos 56 minutos, a ilusão que iluminou o San Siro: Thuram cabeceou para fora, Dimarco coordenou com o pé esquerdo e assinou o suposto 2-2. O Meazza explodiu, mas o júbilo durou apenas alguns segundos: o VAR anulou tudo por um fora de jogo milimétrico do avançado francês.

A partir desse momento, a frustração toma conta. A Udinese compactou-se com ordem e sangue frio, orquestrada por um Kristensen monumental e um Solet impecável. O Inter, por seu lado, encontrava-se frágil, muitas vezes desordenado na sua ânsia de recuperação.

Na final, Chivu jogou as cartas do desespero: entraram Pio Esposito, estreando-se em San Siro, e também Bonny. Os dois jovens tentaram trazer energia e frescura, mas o enredo já estava escrito. O último ato foi amargo: o San Siro calou-se e a equipa esmoreceu entre tentativas desesperadas. A Udinese conquista três pontos de ouro e deixa o Inter a lamber as feridas. Um final que ninguém poderia ter imaginado.

Estatística final da partida
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