"A declaração de Adrien Rabiot é partilhada pela grande maioria dos jogadores, porque é justa e baseada num conhecimento empírico do futebol e da profissão de futebolista", declarou o sindicato dos jogadores franceses em comunicado.
Nem todos os futebolistas "estão em condições de ter acesso aos meios de comunicação social e de se exprimirem desta forma", continua a UNFP. "No entanto, devem saber que, enquanto acores principais do jogo, têm o direito e até o dever de fazer ouvir a sua voz".
"A liberdade de expressão dos futebolistas é um princípio fundamental que a UNFP defenderá sempre, seguindo o exemplo da FIFPRO, o sindicato mundial dos jogadores", acrescentou o sindicato.
Numa entrevista ao diário Le Figaro publicada na terça-feira, Rabiot, que chegou ao AC Milan vindo do Marselha no final de agosto, descreveu a viagem do seu clube a Perth, na Austrália, em fevereiro, para enfrentar o Como na 24.ª jornada da Serie A, como "totalmente louca" .
"Está tudo além de nós. Fala-se muito de calendários e da saúde dos jogadores, e parece tudo uma loucura. É uma loucura viajar tantos quilómetros para jogar um jogo entre duas equipas italianas na Austrália. Temos de nos adaptar. Como sempre", continuou o internacional francês.
Em resposta às críticas de Rabiot, Luigi De Siervo, diretor-geral da Liga Italiana de Futebol, afirmou que "Rabiot esquece-se, como todos os futebolistas que ganham milhões de euros, que são pagos para exercer uma atividade, que é jogar futebol".
"Ele deveria respeitar o dinheiro que ganha e estar mais em sintonia com o que o seu empregador quer, nomeadamente o AC Milan, que concordou e pressionou para que este jogo fosse disputado no estrangeiro", acrescentou à margem da assembleia geral da Lega Serie A, de acordo com comentários relatados pela imprensa italiana.