O trio foi inicialmente banido do desporto após ser alvo da Operação Penalidade Máxima, levada a cabo pelo Ministério Público de Goiás. As investigações revelaram participação direta dos atletas em esquemas de apostas, o que resultou em serem banidos do futebol e aplicação de multas. Romário, inclusive, foi o ponto de partida da operação.
Com a reabilitação, os jogadores estão oficialmente aptos a retomar as atividades profissionais. A decisão foi tomada após análise dos pedidos de reabilitação apresentados, que comprovaram o cumprimento de todos os critérios legais exigidos: pagamento das penalidades financeiras, demonstração de vínculo profissional e apresentação de documentos que atestam a idoneidade moral dos envolvidos.
Durante o julgamento, realizado na sede do STJD, no Rio de Janeiro, os três atletas estiveram presentes. O subprocurador-geral Eduardo Ximenes, ao analisar os casos, manifestou-se favoravelmente à reintegração dos jogadores.
"Não há outro entender a não ser pelo pleno cumprimento dos requisitos e ressalvando a importância da reabilitação dos atletas", afirmou durante a sessão.
Entenda o caso: Operação Penalidade Máxima
A Operação Penalidade Máxima teve início com denúncias de manipulação de resultados em jogos da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022. Na primeira fase da investigação, oito jogadores de diferentes clubes foram denunciados e tornaram-se réus por envolvimento em fraudes relacionadas com apostas desportivas.
O caso ganhou repercussão após Romário, então médio do Vila Nova, aceitar uma proposta de 150 mil reais (23,5 mil euros) para cometer um penálti durante a partida contra o Sport. Chegou a receber um adiantamento de 10 mil (1500 euros), com promessa de receber o restante após a concretização do ato. No entanto, como acabou por não sendo convocado para o jogo, tentou convencer outros companheiros de equipa a executar o plano — sem sucesso.
A tentativa fracassada veio à tona e o então presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo — que também é polícia militar — iniciou um inquérito interno. Reunindo provas, entregou-as ao Ministério Público de Goiás, dando origem à operação que posteriormente se expandiu e alcançou dezenas de envolvidos.
Em maio de 2023, a segunda fase da investigação tornou 16 pessoas rés, entre elas sete atletas profissionais.