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Cellino, presidente do Brescia, ao ataque: "A FIGC inventou um plano à noite para salvar a Sampdoria"

Massimo Cellino, presidente do Brescia
Massimo Cellino, presidente do BresciaStefano Nicoli / NurPhoto / NurPhoto via AFP
O presidente do Brescia, Massimo Cellino, rompe com o clube e acusa duramente a FIGC, culpada, na sua opinião, de ter "inventado um plano durante a noite para salvar a Sampdoria".

Massimo Cellino quebra o silêncio e confia ao Giornale di Brescia um duro desabafo contra a Federação, a atual direção do clube e as negociações para a venda.

O presidente do clube lombardo, no centro da polémica devido à complicada situação da empresa, levanta a voz e ataca: "A FIGC inventou este plano durante a noite para salvar a Sampdoria."

Palavras claras também sobre o seu futuro pessoal: "Não vou voltar para Brescia. Nunca mais lá volto a pôr os pés, nem sequer para tomar um café. Sou um ex. Mas agora o passo não é dado por mim, mas por quem quer comprar".

Cellino explicou depois que não conhecia os pormenores do novo grupo interessado no clube.

"Preço baixo e pagamento diferido no tempo. As condições são as mesmas do acordo com Radrizzani, mas este recuou depois do caos. Para mim, ele ou os outros são a mesma coisa. Grupo Marroccu? Mantenho-me em silêncio", afirmou.

Ataque à FIGC

Segundo Cellino, a responsabilidade pela confusão recai em grande parte sobre a Federação: "Não sabemos se devemos registar-nos na Série B ou na Série C. E que banco nos dá confiança para as garantias? A FIGC criou esta confusão."

O empresário acrescenta que, se as negociações não forem concluídas a tempo, continuará a encarregar-se do registo: "Eu colocaria o dinheiro se o contabilista Gamba ou Alfieri nos devolvesse o dinheiro já pago. E, entretanto, já pagámos 11,8 milhões ao fisco pela dívida do Corioni's Brescia Service".

A questão das quotizações e a defesa

Cellino também defende a sua gestão na espinhosa questão das quotizações: "Confiei nos créditos fiscais porque tudo já tinha sido tratado pelo antigo diretor-geral Micheli. Às 14:30 de 17 de fevereiro, limitei-me a completar o trabalho dos outros. Por lei, a data de vencimento das contribuições é um mês após a data de vencimento dos salários, mas a Covisoc queria todos os pormenores. Paguei tudo no mesmo dia. Agora diz-me que não serve para nada? É um absurdo. Em 35 anos, nunca falhei um prazo. Mesmo desta vez paguei tudo. Fui enganado".

Por fim, a defesa da operação com Alfieri: "A iniciativa não foi minha. Foi certificada pelo Banco de Itália. E, de qualquer modo, se alguma vez tirarem pontos ao Brescia, fá-lo-ão na próxima época. As objecções foram escritas depois de terminado o campeonato, à noite. Agora há também uma decisão do TAS do nosso lado: a que devolveu três pontos ao Bellinzona por um incidente semelhante".