Basaksehir abre processo ao israelita Kartsev por apelar à libertação dos reféns do Hamas

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Basaksehir abre processo ao israelita Kartsev por apelar à libertação dos reféns do Hamas

O onze do Basaksehir para o jogo contra o Pendikspor sem Kartsev
O onze do Basaksehir para o jogo contra o Pendikspor sem KartsevProfimedia
O clube turco abriu esta segunda-feira um processo disciplinar contra um dos seus jogadores, o israelita Eden Kartsev, por ter partilhado na sua conta do Instagram uma mensagem apelando à libertação dos reféns dos terroristas do Hamas nos últimos 100 dias.

"Foi aberto um inquérito disciplinar contra Eden Kartsev por ter partilhado numa conta pessoal de uma rede social uma mensagem contrária aos sentimentos do nosso país e violar as regras disciplinares do nosso clube", declarou o Basaksehir num comunicado na rede X, antigo Twitter.

"A este respeito, foi exigida uma defesa escrita ao jogador", conclui a mensagem, sem especificar a natureza da mensagem partilhada por Kartsev.

A conta de Instagram de Eden Kartsev é atualmente privada, mas numerosos adeptos do Basaksehir partilharam uma captura de ecrã, atribuída ao jogador, de uma mensagem divulgada ontem pela Federação Sionista da Austrália para assinalar os 100 dias do ataque terrorista do Hamas e do rapto de numerosos civis israelitas como reféns.

"100 dias. Há 100 dias que 136 israelitas são mantidos em cativeiro pelo grupo terrorista Hamas. Tragam-nos de volta AGORA", lê-se na mensagem, acompanhada pelo número 100 formado por fitas amarelas.

O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan ofereceu-se para mediar os esforços diplomáticos para libertar os reféns, mas também sublinhou que o Hamas, na sua opinião, não é "terrorista", mas um grupo patriótico que defende o seu território.

Jehezkel demitido do Antalyaspor

Kartsev, um médio-defensivo de 23 anos da academia de jovens do Maccabi Tel Aviv, jogou em vários clubes israelitas e assinou contrato com o Basaksehir em janeiro de 2023. O clube é visto como estando intimamente ligado à ideologia de Erdogan e do AKP, o partido islamista que governa a Turquia desde 2002.

O governo turco tem criticado fortemente os ataques de retaliação de Israel em Gaza, que já fizeram 24.000 mortos e 7.000 desaparecidos sob os escombros dos edifícios destruídos, segundo o governo da Faixa controlada pelo Hamas.

Esta manhã, um outro jogador israelita, o médio Sagiv Jehezkel, foi despedido pelo seu clube, o Antalyaspor, e detido por pouco tempo por ter festejado um golo contra o Trabzonspor, no domingo, exibindo uma braçadeira com a mensagem "100 dias" e a data de 7 de outubro, uma referência ao ataque do Hamas.

O jogador foi libertado depois de ter testemunhado perante o juiz, que se limitou a pedir o fim da guerra em Gaza.