O debate surgiu na sequência dos tumultos ocorridos no jogo fora de casa, contra o Trabzonspor, em março. Os adeptos adversários invadiram o relvado e agrediram os jogadores do Fenerbahçe. Alguns deles fugiram para as catacumbas do estádio, outros ripostaram com unhas e dentes.
Este não foi o único incidente brutal registado nos últimos meses. O futebol turco sempre foi afetado por excessos de violência. Em dezembro, por exemplo, o presidente do Ankaragücü, Faruk Koca, derrubou um árbitro por discordar de uma decisão.
Mudança para outra liga?
Há algumas semanas, o presidente do Fenerbahçe, Ali Koc, ameaçou abandonar a liga e falou de uma "cadeia de injustiças" infligidas ao tradicional clube de Istambul. Numa assembleia geral extraordinária realizada na terça-feira, foi decidido que a decisão sobre uma eventual saída seria adiada para a próxima assembleia geral, dentro de três meses.
Se os sócios votassem efetivamente a favor da retirada da Süper Liga, seria uma opção competir numa liga vizinha no futuro. Já existem casos semelhantes no futebol internacional. O FC Vaduz do Liechtenstein, por exemplo, joga na liga profissional suíça devido à falta de competição nacional.
No entanto, a votação será muito provavelmente a favor da permanência na liga, e o voto anunciado publicamente é mais suscetível de ser visto como um gesto de ameaça para os dirigentes da liga.