Recorde aqui as incidências do encontro
Na competição de futebol mais antiga do mundo, Bruno Fernandes capitaneou e Dalot ficou no banco do Manchester United. Os citizens, na perseguição a um histórico triplete (Premier League, Taça de Inglaterra e Liga dos Campeões), alinharam com Rúben Dias e Bernardo Silva. Este foi o primeiro duelo entre os dois emblemas de Manchester numa final disputada em Wembley.
Entrada com o pé direito... de Gundogan
O médio alemão deu o pontapé de saída com um passe para Ortega, o guarda-redes pontapeou na frente para Haaland subir mais alto, De Bruyne atrapalhou o corte de Lindelof e a bola caiu nos pés de Gundogan à entrada da área que, de primeira, fuzilou ao ângulo, deixando De Gea preso ao relvado. 13 segundos foi o tempo necessário para abrir o marcador, o golo mais madrugador de uma história com 152 anos.
A turma de Guardiola entrou com a corda toda: logo a seguir, De Bruyne levantou um livre lateral para a área, onde apareceu Rodri de rompante a cabecear ao lado errado da malha lateral. Ainda assim, o United teve mérito de fechar linhas e acalmar o jogo, embora a maior parte da posse de bola estivesse do lado adversário. À exceção de um cruzamento de Gundogan para desvio fraco de Haaland, o jogo tornou-se monótono.
A paragem provocada pela lesão momentânea de De Gea não ajudou ao espetáculo, mas a partir da meia hora tudo ia mudar. Aos 30 minutos, Wan-Bissaka ficou a pedir penálti por mão de Grealish e, depois de avisado pelo VAR, Paul Tierney foi ao monitor e apontou para o castigo máximo. De lá, mais do mesmo: Bruno Fernandes fez o que tão bem sabe, enganou Ortega e restabeleceu a igualdade.
Já perto do intervalo, o United ainda ameaçou a reviravolta num remate de Varane que apareceu sozinho depois de um primeiro desvio num pontapé de canto.
Recomeço com o pé esquerdo
No regresso dos balneários, o descanso parece ter feito bem aos protagonistas que voltaram com mais vontade. Gundogan, pelo menos, estava intratável e De Bruyne imparável. Aos 52 minutos, num livre junto à bandeirola de canto, todos pensavam que o belga ia à Haaland na área, mas em vez disso levantou em balão para a zona da meia-lua.
O alemão estava completamente sozinho e, desta vez de pé esquerdo, lançou um remate enrolado e colocado que venceu o melhor esforço de De Gea. Minutos depois, foi De Bruyne a rematar para defesa atenta do guarda-redes espanhol.
Ten Hag mexeu com a entrada de Garnacho e talvez se tenha esquecido de Dalot, Wan-Bissaka já tinha amarelo e não oferece tantas soluções ofensivas como o português. Do banco para as quatro linhas, aos 71 minutos, Gundogan viu o golo do hat-trick ser-lhe anulado por fora de jogo, na recarga a uma tentativa de Haaland. O recém-entrado Garnacho respondeu de imediato, com um remate em arco que saiu a milímetros do poste.
Eram notórias as dificuldades dos Red Devils para recuperar a bola e tentar ferir um City demasiado bem-organizado, demasiado confiante, demasiado eficaz. Até a sorte parecia estar a favor deles quando numa tentativa de alívio a bola bateu nas pernas de Haaland e passou muito perto do poste.
De bradar aos céus
O destino parecia estar selado, mas um ressalto quase virava tudo do avesso. Bastou um cruzamento para a área criar o caos: a bola bateu em Weghorst, Varane rematou contra o corpo de Ortega e a bola foi, caprichosamente à trave. Na recarga, McTominay cabeceou contra o corpo de um defesa e o guarda-redes conseguiu afastar o perigo para canto.
Um susto para Guardiola e o desespero para Ten Hag. O apito final soou para o sétimo triunfo do City na Taça de Inglaterra no penúltimo jogo de Gundogan pela equipa.
Homem do jogo Flashscore: Ilkay Gundogan (Man. City).