Muralha Pauels: Benfica vence Sporting (1-1, 3-0 g.p.) e conquista Supertaça

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Muralha Pauels: Benfica vence Sporting (1-1, 3-0 g.p.) e conquista Supertaça

Atualizado
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O Benfica conquistou a terceira Supertaça para o seu já rico palmarés e isolou-se no topo dos clubes com mais troféus da competição. Numa reedição das últimas duas finais, as encarnadas venceram o Sporting (1-1, 3-0), num triunfo desenhado pelo génio de Kika Nazareth e pela muralha Lena Pauels, que fizeram a diferença na batalha tática entre as treinadoras Filipa Patão e Mariana Cabral.

Recorde as principais incidências da partida

Após uma manhã de bancadas despidas na vitória do SC Braga sobre o Famalicão (1-1, 5-4 g.p.), Benfica e Sporting entraram em campo para lutarem pelo primeiro troféu da temporada 2023/24. As tricampeãs nacionais chegavam a Aveiro com um andamento superior às rivais, por conta da participação nas pré-eliminatórias da Champions, e esse maior ritmo competitivo nem sempre foi notório, mas mostrou-se decisivo em alguns momentos do jogo.

Capeta e os postes

Os dois vizinhos lisboetas têm marcado de forma indelével o futebol no feminino em Portugal, estando muitas vezes frente-a-frente nas grandes decisões, com o lado vermelho da capital portuguesa a dar sinais constantes de força nos últimos duelos. Não foi diferente esta noite em Aveiro. Mas foi (muito) difícil para as comandadas por Filipa Patão.

No lado verde e branco, Mariana Cabral repetiu o último onze e leu muitíssimo bem taticamente o adversário. Aliás, as duas treinadoras protagonizaram um verdadeiro choque técnico-táctico nos primeiros 45 minutos, em que houve boas oportunidades para os dois lados, embora com ligeiro ascendente para a formação leonina.

Mais de 10 mil espectadores presentes nas bancadas do Municipal de Aveiro
Mais de 10 mil espectadores presentes nas bancadas do Municipal de AveiroFPF

Alícia Correia protagonizou o primeiro remate do encontro, aos 13 minutos, para defesa segura de Pauels, guarda-redes germânica que esteve em destaque entre os postes. Mas já lá iremos. Primeiro dar conta da oportunidade soberana para as águias, aos 21', quando Alidou trabalhou bem pelo corredor esquerdo, mas Catarina Amado chegou tarde para o desvio à boca da baliza sportinguista.

Depois desse momento as leoas serraram os dentes e superiorizaram-se as adversárias. Primeiro, Brenda inventou espaço no meio-campo adversário e rematou para defesa de Pauels e, logo depois, Ana Capeta voltou a mostrar apetência para acertar no poste, a mesma que evidenciou no Campeonato do Mundo, no célebre jogo contra os Estados Unidos. Na recarga Cláudia Neto aproveitou a segunda bola para (voltar a) testar os reflexos de Pauels. Gigante a guardiã alemã.

Ainda antes do intervalo, Lúcia Alves - que jogaço da lateral/média/avançada - tentou a sua sorte, em duas ocasiões, ambas sem sucesso. Lá atrás, no eixo defensivo do Benfica, Laís Araújo mostrava-se imperial a defender e... a organizar.

Kika Nazareth soltou o génio
Kika Nazareth soltou o génioFPF

O génio de Kika, a felicidade de Norheim

No regresso para a segunda parte, o Benfica apareceu mais expedito e muito mais perigoso. Os primeiros minutos foram jogados a uma intensidade muito alta e as jogadoras do Sporting sentiram algumas dificuldades para acompanharem as adversárias. Depois de Ana Borges salvar em cima da linha de baliza e Nycole ver o seu golo olímpico (canto direto) ser anulado, por falta de Carole sobre Seabert, eis que um rasgo de luz apareceu em Aveiro.

Kika Nazareth, de seu nome. A camisola 10 do Benfica viu o que mais ninguém viu e atirou a contar para o 1-0. Um manual de instruções sobre genialidade no futebol. A faltarem 35 minutos para o final do tempo regulamentar, o jogo parecia controlado por parte das águias, mas... o Sporting apareceu. Aos 74 minutos, Maiara atirou de livre à barra e Norheim aproveitou a recarga (e a descontração das adversárias) para restabelecer a igualdade em Aveiro.

Frederico Varandas, presidente do Sporting, assistiu ao jogo ao lado de Fernando Gomes
Frederico Varandas, presidente do Sporting, assistiu ao jogo ao lado de Fernando GomesFPF

O golo galvanizou as comandadas de Mariana Cabral, que subiram linhas e romperam com maior perigo no terreno do adversário - num desses lances expulsaram Andreia Norton, numa decisão revertida com auxílio do vídeo-árbitro (VAR) - e o segundo golo esteve à espreita pelos pés da experiente Cláudia Neto. Valeu a defesa enorme (mais uma) de Lena Pauels.

Com tudo empatado, o jogo seguiu para prolongamento, onde o maior lance de registo foi o remate de Andrea Falcón para defesa de Seabert, aos 99 minutos, mas decidiu-se apenas no desempate através da marca das grandes penalidades. Aí o Benfica foi muito mais eficaz do que o Sporting e ergueu o troféu perante mais de 10 mil espectadores presentes nas bancadas do Municipal de Aveiro.

Norheim atirou ao lado, Lena Pauels defendeu os remates de Fátima Dutra e Fátima Pinto e o Benfica chegou ao tão desejado ouro. O terceiro na Supertaça, um recorde em Portugal.

Lena Pauels defendeu duas grandes penalidades
Lena Pauels defendeu duas grandes penalidadesFPF