Kroos tratou as vaias com indiferença. Ao podcast "Einfach mal Luppen", gravado com o irmão, Felix, o médio do Real Madrid apontou que a reação dos adeptos sauditas apenas corroboraram as suas palavras e salientou que não mudaria em nada suas declarações. 

"Num primeiro momento, não achava que eram para mim. Então olhei para a bancada e percebi. Posso dizer, do fundo do meu coração, que não me incomodou nem afetou a minha maneira de jogar; pelo contrário, foi bastante divertido", disse Kroos. 

"Pensava de vez em quando: 'Quem poderá aguentar mais?'. No fim, notei que eram cada vez menos. Quando me substituíram, todos se recompuseram e voltaram a juntar todas as forças (para me vaiar). Habituei-me e fez-me rir. As vaias confirmam as minhas declarações, provavelmente tinha razão", acrescentou o internacional germânico.

Na mesma entrevista, Kroos declarou-se surpreendido com o ressurgimento do tema. Após a final da Supertaça contra o Barcelona, o jogador do Real Madrid recuou-se a usar uma camisa do clube com dizeres em árabe. 

"Não acho que seja bom para os jovens irem para a Liga Saudita e desistir do seu desenvolvimento e dos jogos grandes e de alto nível na Europa. Poderiam jogar na Europa em vez de optarem pelo dinheiro da Liga Saudita. Foi o que eu disse há cerca de meio ano e para mim já estava esquecido", manifestou-se o atleta. 

Mas, com bom humor, Kross ainda brincou com o facto de que, possivelmente, os que estavam a assobiá-lo na Arábia Saudita eram adeptos do Real Madrid. 

"O engraçado é que o estádio estava completamente vestido de branco e com adeptos do Real Madrid. Eles tiveram que se resolver entre eles. 'Ele joga no meu clube'... Mas 15 mil ou 20 mil decidiriam não vaiar. É essa a piada… todos aqueles que me vaiaram eram adeptos do Real Madrid", finalizou o jogador.