O Copenhaga é atormentado por um ambiente de adeptos em que certos grupos se caracterizam por uma atmosfera crua, com violência, venda de droga e insegurança.
Segundo o Politiken, num longo artigo, o jornal falou com mais de dez pessoas dentro e fora da comunidade de adeptos do Copenhaga. Todas elas relatam um ambiente mais duro e uma maior propensão para a violência, tanto em Parken - especialmente na bancada 12 - como nas viagens. Para se protegerem, optaram por manter o anonimato.
"É como se fosse uma polícia de adeptos autoproclamada. Se não os seguirmos, podemos ir embora ou levar uns murros na cabeça. Conheço várias pessoas que foram espancadas no Parken", diz um adepto anónimo do FCK ao Politiken.
Ninguém do Copenhaga quis ser entrevistado. Mas reconhecem o problema numa resposta escrita do clube como um todo.
"Temos conhecimento de que há vários incidentes relacionados com o futebol que não são de forma alguma compatíveis com o Copenhaga. É profundamente frustrante que algumas pessoas vistam roupas com o logótipo do FCK e saiam pela porta com a ideia de que podem violar a lei em nosso nome", escreveu o clube ao Politiken.
O Copenhaga salienta que é um pequeno grupo de desordeiros que está por detrás da violência e do vandalismo. O clube faz referência a um inquérito em que 98% dos inquiridos responderam que se sentem seguros quando vêm a Parken.
Ao mesmo tempo, o Copenhaga está ciente de que as novas facções estão a tornar-se mais prevalecentes, especialmente fora de casa, e que estão à procura de soluções.
"Recebemos o feedback de que já não é tão agradável fazer viagens fora de casa. Estamos cientes de que as novas facções se tornaram mais dominantes e a experiência dos jogos fora de casa pode ser melhorada com suspensões que podem ser aplicadas em todo o país, num sistema em que os clubes podem partilhar este tipo de informação entre si", concluiu.