Surpresa em Istambul. Na manhã desta sexta-feira, o Fenerbahçe anunciou a saída de José Mourinho do comando técnico da equipa, com um curto comunicado nas redes sociais. O português tinha mais um ano de contrato.
Uma decisão que surge dias depois da derrota com o Benfica, na segunda mão do play-off da Liga dos Campeões, que significou a eliminação da prova milionária. De resto, neste arranque de temporada, o emblema turco tinha conseguido apenas duas vitórias em seis jogos, uma delas um 5-2 ao Feyenoord, na terceira pré-eliminatória da Champions.
Os últimos tempos do treinador português foram marcados por críticas vincadas à Direção do Fenerbahçe, nomeadamente pela falta de reforços condizentes com a ambição de colocar a equipa na Liga dos Campeões. O mais recente episódio acabou por ser a desvalorização e até desconhecimento de um vice-presidente que menorizou o Benfica antes a partida no Estádio da Luz, dirigente que alegou não conhecer, pese embora ter sido recebido por ele mesmo aquando da chegada à Turquia.
Polémico
A passagem de José Mourinho pela Turquia pode ser explicada essencialmente por uma palavra: polémica. Chegado em 2024/25, o treinador de 62 anos teve uma época aquém com o Fenerbahçe, onde foi vice-campeão turco, ficou nos quartos de final da Taça da Turquia e nos oitavos de final da Liga Europa, depois de ter sido eliminado pelo Lille na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
No campeonato ficou a 11 pontos do campeão Galatasaray, a quem não poupou críticas, nomeadamente com as decisões de arbitragem nos jogos do cimbom. Muitas vezes atirou mesmo contra as entidades que regulam o futebol turco, ao estilo cáustico que nos habituou.
O Fenerbahçe foi o 10.º clube da carreira de Mourinho enquanto treinador principal. Começou no Benfica, passou pela União de Leiria, FC Porto, Chelsea, Inter, Real Madrid, Manchester United, Tottenham e Roma antes de aterrar em Istambul.