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"Tudo transformado em livro", o novo projeto de aniversário de Gheorghe Hagi

Gheorghe Hagi, antigo internacional romeno
Gheorghe Hagi, antigo internacional romenoAgerpres

Esta quarta-feira, 5 de fevereiro, o antigo internacional romeno Gheorghe Hagi completou 60 anos.

Nesta ocasião, "O Rei" apresentou também o seu novo projeto: um livro autobiográfico, intitulado "A Minha Estrada".

"Tudo se transformou num livro"

Com um currículo impressionante na sua carreira de jogador, onde passou por clubes como o Farul, Steaua, Galatasaray, Real Madrid e Barcelona, Gheorghe Hagi, atualmente diretor técnico do Farul Constanta, fez um monólogo em que falou sobre como surgiu a ideia de escrever um livro. De seguida, King respondeu a perguntas do público.

"Preparei-me para ser treinador, li livros, fiz o meu conceito técnico e uma ideia de como quero jogar, treinador. Comecei a escrever. E foi assim que surgiu o livro. (...) Também decidi criar uma academia para crianças. Escolhi Constanta porque Farul e esta cidade deram-me a oportunidade de jogar futebol em grande. Queria uma academia onde as crianças não tivessem complexos. Queria qualidade e não quantidade. O treinador tem de ter sempre bons jogadores. Ele tem de estar preparado, mas tem de ter bons jogadores. Tudo se transformou num livro, a forma como eu vejo o futebol", explicou.

Uma carreira de sucesso para Gheorghe Hagi

Também apelidado de "Maradona dos Cárpatos", Hagi falou ainda sobre o episódio em que decidiu pendurar as chuteiras.

"A experiência que adquiri no Real Madrid e no Barcelona, depois no Brescia, no campeonato italiano. Conquistei a Europa com uma grande equipa no Galatasaray e provei que era possível. Construí a equipa com a direção do clube e com Fatih Terim, jogámos muito bem. Chegou o primeiro momento da vida, ninguém quer desistir, mas é preciso ter a força e o orgulho de dizer STOP. Não desisti do futebol porque não estava a jogar bem. Recordo que nos últimos jogos marquei 3 golos e fiz duas assistências, mas já não conseguia treinar", explicou.

"Dos 10 anos aos 36 anos e meio estive ao mais alto nível. Fiz grandes coisas e não resisti ao treino, um futebolista tem de treinar muito bem, o jogo é apenas um prazer. Saí porque já não conseguia fazer campos de treino e correr", assumiu.

"Os jogos eram uma altura em que tinha de jogar para os adeptos e ganhar. Mesmo que o tio Mircea quisesse que eu ficasse, decidi que tinha de dar lugar a outros. Foi esse o meu percurso até aos 36 anos e meio. Não sei quantas pessoas poderiam ter feito isso nessa altura até aos 36 anos e meio", afirmou Hagi.