Foi uma noite agridoce para Frank, na sua estreia competitiva como treinador dos Spurs, que viu a equipa a vencer por 0-2 com dois golos de bola parada, antes de o PSG recuperar nos últimos 10 minutos do tempo regulamentar.
Durante os primeiros 80 minutos, não houve grande disputa, já que os seus comandados contiveram os vencedores da Liga dos Campeões, e o treinador de 51 anos descreveu a noite até ao primeiro golo do PSG como "perfeita".
"Estou muito, muito orgulhoso da equipa, os jogadores deram tudo contra a melhor equipa do mundo. Acho que durante 75-80 minutos estivemos perfeitos, não demos nada", apontou.
Além disso, explicou ainda a decisão de jogar com uma linha de três defesas, em vez de uma defesa a quatro, que utilizou durante a pré-época.
"Decidimos isso no dia seguinte ao jogo com o Bayern. Sabíamos que tínhamos de fazer algo um pouco diferente contra o PSG. Foi uma operação especial, foi, em termos médicos, uma operação bem-sucedida, mas o paciente morreu. Trabalhámos num plano de jogo diferente e quase conseguimos", analisou.
A "operação especial" de Frank quase funcionou, perdendo apenas nos penáltis contra uma equipa que a Opta acreditava, antes do pontapé de saída, ter 68,4% de hipóteses de vencer.
Marcadores de penáltis "corajosos"
Uma derrota assim é cruel, já que Micky van de Ven, que inaugurou o marcador na primeira parte, e Mathys Tel não falharam os pontapés no desempate por grandes penalidades, mas o técnico elogiou o facto de terem assumido a responsabilidade.
"Gostaria de agradecer aos meus jogadores que se apresentaram, foram corajosos e assumiram a responsabilidade", vincou.
O Tottenham precisa agora de recuperar antes da estreia na Premier League, este fim de semana. A equipa enfrenta o recém-promovido Burnley no domingo, e Frank espera que o padrão que os jogadores estabeleceram nos primeiros 80 minutos continue enquanto molda a equipa à sua imagem.
"Espero que a intensidade e a agressividade na pressão, quando estamos a defender, a mentalidade de correr muito, isso precisa de ser a base sempre. Por vezes, somos muito bem-sucedidos, outras vezes precisamos de fazer um pouco melhor. Um aspeto positivo foram as bolas paradas, sabíamos que era uma área em que podíamos prejudicar o PSG e trabalhámos muito para isso. É um mérito dos jogadores e quase nos deu a vitória", vincou.