Recorde as incidências da partida
O Real Madrid entrou em mais um Clássico com a ilusão de poder finalmente ganhar um jogo ao Barça e, com isso, conquistar o seu primeiro título oficial. Mas, atualmente, o fosso de qualidade entre as duas equipas é tão grande que é uma quimera pensar sequer em ultrapassar os blaugrana. Já são 15 confrontos diretos e 15 vitórias, a maioria delas por goleada. Desta vez, a resistência branca durou meia hora. Graham Hansen rematou da entrada da área, acertou de raspão numa adversária e surpreendeu Misa, que foi apanhada desprevenida.

Antes do 1-0, o Barça já tinha perdido várias oportunidades. Pajor viu um golo anulado por fora de jogo, Alexia Putellas falhou um cabeceamento certeiro por ter virado demasiado o pescoço, a própria Pajor finalizou um contra-ataque de Aitana com um remate à malha lateral, e novamente Alexia tentou a sua sorte de longe, obrigando Misa a intervir.
Mas, como tem acontecido em todos os duelos femininos entre Barça e Madrid, quando o jogo estava aberto, estava tudo resolvido. O Madrid, que não tinha qualquer argumento ofensivo para além dos lançamentos longos para Linda Caicedo, desfez-se em mil pedaços. Sobretudo no flanco de Olga Carmona. A internacional espanhola fez a jogada do segundo golo, com um passe interior para Ona Batlle, que ganhou a linha de fundo e fez o passe para Pajor fazer o 0-2.
A equipa de Toril implorava pelo intervalo como um náufrago a pedir socorro. O castigo, porém, foi ainda maior. Já nos descontos, Pajor cobrou um canto que entrou na baliza e fez o 3-0, para incredulidade dos madridistas.
Com o ânimo em baixo, sabendo que já estava derrotado, o Real Madrid tentou na segunda parte puxar pelo orgulho para evitar mais uma goleada. Mas não foi o caso. A equipa merengue escapou a um penálti sobre Aitana, que o VAR corrigiu, mas não conseguiu evitar que o 0-4 se concretizasse logo a seguir à hora de jogo. Um remate monumental de Patri Guijarro com o pé direito ao ângulo superior quebrou finalmente a defesa dos Merengues.
Apesar do resultado, o Barça procurou fazer ainda mais estragos contra um adversário que raramente saía da sua toca, procurando sempre Caicedo no espaço. A colombiana estava claramente em fora de jogo. Nem mesmo as migalhas puderam ser saboreadas pela equipa de Toril, que chegou ao seu sexto Clássico sem marcar um golo e teve de ver Alexia Putellas, depois de perder várias oportunidades, fazer o 0-5.
Os blaugrana já conquistaram cinco Supertaças de Espanha, quatro consecutivas, bem como a Supertaça de Espanha.