Recorde as incidências do encontro
Ivan Baptista (treinador do Benfica):
“Acreditámos que os espaços que queríamos explorar estavam lá. Não ia ser por alterar qualquer tipo de estrutura que iríamos conseguir encontrar mais espaços, era só acertar ali algum tipo de movimentação, leitura e tomada de decisão.
(Se o golo anulado a Lúcia Alves, perto do intervalo, condicionou a restante partida) Sem dúvida. Não digo que o jogo do Torreense tenha mudado, mas tornou-se mais ao encontro do que são as armas delas, e quando se viram em vantagem, quando fizeram dois golos de bola parada, tiveram o seu mérito e foram melhores do que nós.
Estamos num processo que se iniciou há sete semanas e em sete semanas não se faz tudo. São semanas de comportamentos que já se viram hoje em campo e todas elas estão de parabéns porque estão hoje com sete semanas de trabalho iniciado, algumas chegaram à final do europeu, como é o caso da (Martín-)Prieto ou à final da CAN, como é o caso da Christy (Ucheibe) e é impossível e irreal conseguir apresentar aqui as dinâmicas todas que pretendemos para o futuro”.
Gonçalo Nunes (treinador do Torreense):
”Vou continuar a dizer: isto foi uma sequência de dois em dois (vitórias sobre o Benfica na final da Taça de Portugal e na Supertaça), mas se jogarmos outra vez com eles, volto a dizer o que disse, que o favoritismo é do Benfica.
Houve duas jogadoras que acabaram por sair do mercado, o que é natural, a Samara Lino, para o Sporting, e a Salomé (Prat,) para o Benfica, há cerca de 10 dias, mais coisa, menos coisa, mas tirando esses motivos de mercado, nós fizemos entrar cinco a seis jogadores e acima de tudo, há uma estabilidade grande, um crescer sobre o que é este trabalho de continuidade.
Somos um projeto de continuidade e isso permite-nos, logicamente, criar lastro de experiência. É um grupo que já vem de uma época em que ganhou ao Benfica, ao Sporting, ao SC Braga, ao Racing Power e ao Valadares. No fundo, ganhou a todas aquelas que são as equipas de maior força no nosso panorama e isso permite também dar mais confiança ao que está a ser feito”.
Carolina Correia (capitã do Torreense):
"Acho que todas as equipas entram para os jogos para ganhar e nós também. É claro que acabámos por ganhar e isso felizmente traz mais confiança, daqui para a frente continuamos a querer mais, a ambicionar mais mas estamos a ser nós próprias.
Sabemos que vai ser difícil em todos os jogos neste campeonato, mas olhamos jogo a jogo sabendo que vamos para todos os jogos para disputar o resultado. Penso que em cada jogo temos de ter todas a capacidade de nos adaptarmos aos momentos do jogo.
Conseguimos pressionar alto, assumimos essa responsabilidade e acabámos por sofrer um golo logo no início, mas não foi por esse golo que recuámos”.