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Levantar o primeiro troféu na terceira competição que tem ao seu alcance no início da temporada, a Recopa Sul-Americana, não é tarefa fácil, já que a equipa precisa vencer o Racing Avellaneda por 2-0 na próxima madrugada, no Estádio Olímpico Nilton Santos.
"Desastre", "Desordem"... as duas palavras repetem-se na imprensa brasileira e argentina para definir a situação atual da equipa que deu um passo em frente em 2024 ao conquistar a Libertadores e o Brasileirão.
A Estrela Solitária está sem treinador permanente desde que o português Artur Jorge, responsável pelas duas conquistas, rescindiu o seu contrato no início de janeiro para assinar com o Al-Rayyan, do Catar.
Desde então, os cariocas tiveram dois treinadores interinos: Carlos Leiria, que comandou a equipa na derrota por 3-1 frente ao Flamengo na Supertaça do Brasil, e Cláudio Caçapa, com quem perderam na primeira jornada do Campeonato Carioca.
"É difícil fazer as coisas funcionarem"
O início conturbado pode ser explicado por uma opinião controversa do proprietário da equipa, John Textor, que acredita que a época começará formalmente com o início do campeonato brasileiro, no final de março.
O polémico magnata americano está de olho no Brasileirão deste ano, na Libertadores e no Campeonato do Mundo de Clubes da FIFA nos Estados Unidos, no meio do ano.
Mas a equipa do imortal Garrincha já perdeu dois troféus e um terceiro está em risco; os adeptos estão desiludidos e alguns jogadores demonstraram publicamente o seu descontentamento com a situação.

"Os jogadores também mudaram, 16 foram embora, aos poucos vão chegando reforços, mas muitos ainda não podem jogar", disse recentemente o defesa Alexander Barboza.
"Não conseguimos ter uma ideia nova e fazer o que o treinador quer. É difícil fazer as coisas funcionarem assim", acrescentou, embora depois tenha se desculpado por falar de "cabeça quente".
Textor continua à procura de um treinador, tendo recebido recusas de Rafa Benítez, "Tata" Martino e André Jardine.
Textor para apagar o fogo
O dono do "Fogão" estará no Rio, segundo a imprensa local, para acompanhar o duelo por um título inédito para as duas equipas. E para tentar passar uma mensagem de tranquilidade diante de problemas que vão além da ausência do timoneiro.
O clube ainda não encontrou substitutos para peças vitais do seu antigo ataque que partiram para a Europa: o argentino Thiago Almada e o brasileiro Luiz Henrique.
Apesar de manter a maioria dos titulares, o bicampeão perdeu oito dos 13 jogos disputados em 2025.
E, para sua tristeza, terá pela frente um Racing que não sofre de nenhum dos seus males.