O capitão sul-coreano Son Heung-min e o também avançado Hwang Hee-chan jogam na Premier League - onde marcaram 22 golos nesta temporada - enquanto Lee Kang-in e Kim Min-jae foram para o Paris SG e o Bayern de Munique, respetivamente.
"É um grande salto levar os melhores jogadores para a Europa... A chave para que as equipas asiáticas melhorem o nível das suas seleções é enviar jogadores para as principais ligas europeias", disse Klinsmann aos repórteres antes da abertura do grupo da Taça da Ásia contra o Bahrein na segunda-feira.
"É preciso dar crédito aos jogadores que se mudam para outro país. Parece fácil no papel, mas não é. Vocês têm que se ajustar às pessoas e ao ambiente. Tens de te adaptar às pessoas de lá, ao idioma, entender um estilo diferente de futebol", defendeu.
"Eu passei por isso ultimamente, queres ver a família e sentes falta dos amigos. Então, quando você vê Hwang ou Son marcarem golos (em Inglaterra) e Kim mudar-se do Nápoles (para o Bayern), tens que dar muito crédito a eles, pois há muito em jogo", sustentou.
Tabu de mais de meio século
Klinsmann tem experiência no comando da Alemanha e dos Estados Unidos e espera quebrar o jejum de 64 anos de títulos da Coreia do Sul na competição continental.
O alemão, que foi nomeado há 11 meses com um contrato até ao Mundial de 2026, apontou as reviravoltas do Mundial para mapear a ascensão da Ásia no desporto.
"O futebol asiático melhorou muito nos últimos 10 a 15 anos. O Japão mandou a Alemanha para casa (no Mundial) foi um grande exemplo, a Arábia Saudita vencer a Argentina, a Coreia do Sul vencer Portugal. São muitos exemplos", disse ele.
"Tenho o privilégio de treinar esta equipe coreana, aprendi muitas coisas. Temos uma equipe forte e o objetivo é jogar a final", disse.
"Posso ter vencido a Gold Cup com os EUA ou o Euro com a Alemanha, mas quero vencê-la (Taça da Ásia) porque esta equipa tem qualidades para vencer o torneio, mas será uma maratona", destacou.
Cansaço igual para todos
Hwang tornou-se um jogador importante na sua terceira temporada com o Wolverhampton e minimizou as sugestões de que os jogadores que atuam na Europa ficariam cansados devido à intensidade das ligas de primeira divisão.
"Muitos dos meus companheiros de equipa jogam na Europa, mas outros também jogam na K League, que terminou no mês passado. Não acho que isso seja um grande problema, é um momento especial, é uma honra e uma alegria jogar pela Coreia", disse o jogador de 27 anos.
"Não falamos sobre o quanto estamos cansados, estressados ou fatigados. Discutimos o que podemos fazer para obter resultados para a Coreia. Como jogador, quero jogar o máximo de minutos possível", rematou.