Recorde as incidências da partida

Sem a força total do seu plantel e com uma vantagem confortável no agregado, o Botafogo entrou em campo sem grande intensidade na primeira parte. A melhor oportunidade pertenceu a Alex Telles, que, na conversão de um livre direto, acertou em cheio no ferro da baliza candanga. O Capital, por sua vez, recuava linhas e apostava no contra-ataque, acabando por aproveitar um erro do Glorioso para inaugurar o marcador.
Um passe mal medido de Elias Manoel originou uma transição rápida da equipa da casa. Rodriguinho recebeu ainda na intermediária e arriscou um remate de muito longe — um daqueles tiros que se tentam uma vez por época. E este saiu com selo de golo, encontrando o ângulo da baliza defendida por Raul, que substituíra o lesionado Léo Linck.
O Botafogo esteve perto de igualar antes do intervalo, mas esbarrou na muralha chamada Reynaldo. Num contra-ataque veloz, o guarda-redes brilhou com duas defesas decisivas, primeiro a travar o remate de Ponte e, logo depois, a negar o golo a Patrick de Paula num ressalto à queima-roupa.

Na segunda parte, o treinador do Glorioso lançou Rwan Cruz, Jeffinho e Vitinho aos 10 minutos, tentando reacender a chama ofensiva da equipa. Mas, na prática, o ataque continuou sem brilho, e o ritmo da partida abrandou como uma orquestra que perde o compasso. As duas equipas pareciam resignadas ao resultado.
O Capital, satisfeito por bater uma formação da elite do futebol brasileiro; o Botafogo, aliviado por garantir a qualificação para a fase seguinte — o verdadeiro objetivo da noite. No meio disto, ficou a frustração dos adeptos alvinegros que encheram o Mané Garrincha à espera de uma vitória rara do seu clube do coração em pleno solo da capital federal.