Recorde as incidências da partida
A exigência do desafio fez com que os dois treinadores olhassem para aqueles que dão mais garantias e menos para uma eventual ideia de dar a oportunidades num jogo que valia a presença numa final. Ainda assim, Vítor Bruno mudou uma peça no miolo, além da alteração na baliza, enquanto Rui Borges surpreendeu com a aposta em Iván Fresneda na lateral direita.
Muito respeito, poucas ideias
A primeira parte resume-se muito a isto: respeito, sim, de parte a parte. Ideias, poucas. Muito poucas. As duas equipas encaixaram do ponto de vista tático e não forçaram muito a pressão, o que tornou o jogo muitas vezes monótono e jogado muito distante das duas balizas.
O FC Porto deu os primeiros sinais de perigo devido a uma postura mais agressiva nos momentos de transição, movido pela irreverência do jovem Rodrigo Mora, que serviu de forma brilhante para o remate desperdiçado de Nico (19') e tentou também ele a sua sorte (29'). Sem sucesso.
No outro lado do campo, o Sporting procurava um jogo de paciência, mesmo depois da contrariedade sofrida logo aos 14 minutos, altura em que Matheus Reis teve de sair devido a lesão, dando o lugar a Quenda, que entrou para o ataque e fez recuar Maxi Araújo para a lateral esquerda. A espaços os leões exploravam a verticalidade de Gyökeres, mas a defesa portista não dava sinais de abertura.
Foi preciso esperar até aos últimos minutos do primeiro tempo para os primeiros sinais de perigo da turma de Rui Borges. Primeiro Gyökeres (41') ficou a centímetros do golo e depois foi a vez de Quenda (45+1') testar os reflexos de Cláudio Ramos, com o remate do jovem leão a desviar em Eustaquio e a dificultar a tarefa ao guardião portista.
Futebol champanhe
O intervalo foi bom conselheiro para o Sporting. A equipa lisboeta surgiu para a etapa complementar muito mais incisiva nas suas ações e a tornar o jogo muito mais complicado para os dragões. Maxi Araújo e Quenda assumiram o protagonismo e deram muitas dores de cabeça à linha defensiva azul e branca.
Este maior atrevimento, aliado à organização das peças de Rui Borges no tapete verde do Dr. Magalhães Pessoa, resultou no golo do inevitável Viktor Gyökeres, aos 56 minutos, numa jogada que merece ser vista e revista vezes sem conta, com particular destaque para o passe sublime de Quenda - completamente rodeado por adversários - para a finalização do avançado sueco.
Vítor Bruno tentou mudar a história do jogo com as várias substituições promovidas ao longo da última meia hora de jogo, mas não colheu frutos. O melhor que conseguiu foi um remate de meia distância de Otávio para defesa segura de Franco Israel. Contas feitas, o Sporting vence e segue em frente para a final da Taça da Liga, onde irá medir forças com o Benfica ou o SC Braga.
Melhor em campo Flashscore: Morten Hjulmand (Sporting)