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Rúben Amorim: "Todas as equipas grandes querem ter estes ciclos, mas são difíceis de gerir"

Rúben Amorim, treinador do Sporting
Rúben Amorim, treinador do SportingSporting CP
Rúben Amorim, treinador do Sporting, fez esta quarta-feira a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Farense, da Taça da Liga, marcado para amanhã, às 20:15, no Estádio José Alvalade. Apesar de ser a estreia dos leões na competição, o técnico lembrou a mudança do figurino da competição, que reveste este jogo de um caráter quase decisivo, e anunciou a ausência de Morita, devido a um problema físico, ao contrário de Coates, convocado, e Gyokeres, que vai ser titular.

Sequência de três jogos em sete dias. Níveis físicos e de concentração elevados? "Claro, até porque é um jogo decisivo, apesar de começarmos agora a competição. Ganhando, o Farense passa já. Podemos dar aqui um passo muito importante para o próximo jogo. Temos também de ir jogar com o Tondela, vencer e ter atenção ao número de golos em caso de empate. Temos de continuar a melhorar sabendo que não temos muito tempo para treinar. Temos de mostrar mais vídeos, o treino tem de ser praticamente parado. São semanas mais rápidas, mas é sempre melhor quando estamos a vencer, dá-nos mais confiança. Sabemos da importância do jogo e, como disse, é um jogo onde tudo pode acabar. Temos de vencer para seguir em frente".

Pouco tempo para preparar Estrela e depois há Benfica: "E relembrar que a meio dessa semana também temos um jogo que pode ser decisivo para outra competição (Liga Europa). Não temos muito tempo para trabalhar, mas jogamos contra qualquer adversário praticamente da mesma forma, com o objetivo de dominar os jogos. São jogos decisivos para várias competições. Temos de avaliar bem os jogadores, até porque nem temos muito tempo para recuperá-los. Entramos numa sequência de muitos jogos e este ciclo foi assim. Coates vai ser convocado, Morita não, porque tem uma pequena lesão, e dá-nos já dúvidas para os restantes jogos. Temos de lidar com isso, tentar arranjar soluções e ganhar, porque são jogos decisivos. Todas as equipas grandes querem ter estes ciclos, mas são difíceis de gerir. Estamos preparados".

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Vai haver rotação na equipa? "São jogos decisivos de várias competições onde não temos muito tempo, esse é o lado negativo. Para a rotação, é positivo. Os jogadores estão a competir pelo lugar e o plantel foi preparado para isso. Sem preparação torna tudo mais difícil. Todas as equipas têm dinâmicas diferentes, e mostrar isso em um dia é difícil. Há o lado positivo e o lado negativo. O ano passado fomos eliminados da Taça de Portugal e isso é muito pior do que termos muitos jogos."

O que quis dizer com época de tudo ou nada? "A Direção não fez ultimato nenhum, mas o clube assim o exige. Não vamos estar a dizer que queremos o 2.º ou o 3.º lugar. Sabemos a importância do 2.º, mas vamos pelo 1.º. O Sporting não irá acabar se não ganhar o campeonato. Está bem mais forte e no caminho certo, e eu enquanto líder sinto que temos de enfrentar as coisas assim, com mais ou menos pressão temos sempre de ganhar. Enquanto treinador decidi ter este tipo de abordagem".

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Geny Catamo: "Isso é da parte da direção. Estou confortável com a situação dele, porque enquanto treinador do Sporting não irá haver venda. Enquanto treinador, o clube tendo uma percentagem pequena do seu passe, não irá vendê-lo, talvez até renove o contrato no futuro. O Geny não é problema para mim, talvez para a direção."

Qual a posição da Taça da Liga na hierarquia dos objetivos? "Se olharem para o que disse nos outros anos, desta vez dei mais ênfase ao campeonato. Não vou estar a escolher entre as competições, mas em caso extremo de dúvida vou sempre cair um bocadinho para o campeonato. Mas temos a obrigação de lutar pela Taça da Liga, pela Taça de Portugal e ir longe na Europa".

Gyokeres mais apagado com o Boavista: "Acho que o Viktor teve um jogo em que não esteve tão solto. Ele foi para a seleção quando estava num bom momento, passou a primeira semana não jogou, na segunda semana jogou 45 minutos. Depois aconteceu a situação na Bélgica. Depois chegou, foi expulso e não teve qualquer estímulo de jogo ou de treino. Teve quase três semanas e meia em que não jogou, e ele é um jogador que acaba por ser pior se parar. Posso já dizer que vai jogar amanhã. É claramente um jogador que precisa de jogar, e quando olho para a exibição no Bessa vejo mais isso de não ter tido estímulo durante algum tempo. Acho que não esteve tão solto em termos físicos ou técnicos. Agressividade? Pode aprimorar alguma coisa, proteger-se, mas eu não temo nada. Ele não consegue conter essa agressividade."

Vitórias dos últimos jogos fazem lembrar ano do título? "É diferente. Atacamos mais, não sofremos tanto porque não defendemos tanto. Sinto a equipa mais segura. As sensações não são comparáveis, não relembro sempre essa época de campeão. Esperamos que tenha o mesmo fim".

Pedro Gonçalves: "O Pote praticamente não trabalhou, só recuperou. Ontem quase nem o vi, hoje trabalhou taticamente. Vejo-o da mesma maneira. Não é resposta (ao selecionador). Ele ouviu as palavras de certeza e acima de tudo reparou que o selecionador está atento e fez o seu trabalho. Também falhou um golo na primeira parte parte. É um golo natural dele, faz grandes golos e fez um jogo muito competente. Acho que tem vindo a jogar bastante bem e vejo-o normal.

Paulinho: "Não vou dizer se vai ser titular, caso contrário o Farense saberia a nossa forma de jogar no ataque".

Morita: "O que me foi dito é que está fora neste jogo, contra o E. Amadora será muito difícil, e a partir daí depende da forma como evoluir."

Final four da Taça da Liga no estrangeiro: "Ainda não conheço bem o formato. Em relação a ser no estrangeiro a final four, só me apresento ao serviço se for preciso e depois acompanho a equipa. Não consigo dar uma opinião sem saber o que vai acontecer ao certo. Acho que é uma competição boa e está muito direcionada para que a final four tenha os clubes mais fortes, mas haverá sempre hipótese de manter a Taça da Liga no calendário".