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Taça da Liga: Declarações dos treinadores após o SC Braga-Santa Clara (5-0)

Carlos Vicens, o treinador do SC Braga
Carlos Vicens, o treinador do SC BragaHugo Delgado/LUSA

Declarações após o jogo SC Braga-Santa Clara (5-0), dos quartos de final da Taça da Liga de futebol

Carlos Vicens (treinador do SC Braga):

“Estou contente por termos marcado cedo. Queremos entrar sempre fortes e nos últimos jogos marcámos cedo, mas o que mais me satisfaz hoje é ver os jogadores - no nosso terceiro jogo em seis dias, num calendário terrorífico este mês - a competirem da forma como o fizeram. Entrámos na final four, o que nos deixa muito felizes.

(O que mudou em relação a uma fase menos positiva?) Faz tudo parte do processo. A equipa começa a ser muito identificável, é muito reconhecível a forma como joga, mas ainda estamos em processo. É verdade que fizemos agora bons jogos em casa e precisávamos disso depois de outros jogos em casa em que não estivemos tão bem.

Os resultados são consequência do bom rendimento, mas, acima de tudo, do processo e, apesar das mudanças, a equipa continua a ser a mesma e isso dá-nos confiança de que vamos pelo bom caminho. Todas as experiências, vitórias, empates e derrotas, levaram-nos à equipa que somos agora e o processo de treino, que é muito importante.

Eu até acho que se notou algum cansaço, faltou-nos alguma frescura física, mas isso é absolutamente normal para quem faz três jogos em seis dias. Mas, disse-lhes que não queria ouvir a desculpa do calendário porque já o conchemos desde julho.

Se este é o melhor momento para jogar com o FC Porto? É o que é, o calendário assim o dita, mas, sim, as vitórias ajudam a que a confiança aumente e que a equipa esteja num melhor momento, sem dúvida. É a melhor sequência de vitórias da temporada e estamos muito contentes com isso. E estamos com muita vontade de jogar no domingo e fazer um bom jogo. Até domingo vai ser preparação/recuperação”.

Vasco Matos (treinador do Santa Clara):

“No campeonato de certeza que não vai ter peso nenhum. Quanto ao jogo, é muito fácil analisar: fizemos uma primeira parte horrível, entrámos muito mal, uma atitude que não dignifica a nossa instituição, o esforço da nossa administração e os nossos adeptos.

Entrámos com displicência, não ganhámos duelos e ficámos a perder por 2-0. Na segunda parte, tentámos entrar no resultado, tivemos duas ou três situações em que podíamos ter dado um cariz diferente, tentámos arriscar, não tínhamos nada a perder, mas o cansaço foi-se sentindo na equipa. Demos oportunidades a jogadores para mostrarem o que valem e isso ficou bem visível e tenho que tomar decisões para o futuro.

Foi uma atitude muito má, pouca entrega, contra uma excelente equipa, recheada de bons valores. Ficou visível a atitude, a displicência da equipa. Está aqui a demonstração de que, sem estarmos nos limites, somos uma equipa normalíssima. Temos que banir do nosso grupo de trabalho este tipo de comportamento e eu, como treinador, vou fazê-lo, doa a quem doer, custe o que custar, não me identifico com estas coisas e, como tal, vou tomar decisões. Vamos seguir o caminho que queremos, não o que alguém individualmente quer. Quem manda é a administração.

Se já falei com eles? Não preciso de falar, os jogadores são inteligentes. Não há muita conversa e é muito mais importante o silêncio que muitas palavras”.

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