Acompanhe aqui as incidências do encontro
Antevisão: "A expectativa é a mesma de sempre de um clube como o FC Porto, queremos ganhar a competição, surge num momento em que a equipa está numa boa fase. Quero que a equipa seja desconfiada do momento, sem embarcar em demasia e olhar com respeito e humildade para o adversário que tem um novo treinador e que vai exigir que estejamos a um nível muito alto amanhã (terça-feira). É um jogo a eliminar, temos que ganhar para estar na final e é isso que queremos".
Análise Sporting: "A nossa análise focou-se no jogo com o Benfica e com o Vitória SC, mesmo em alguns jogos do Vitória SC. Há muitas similitudes, desenhos que se encontram nas duas equipas, mesmo no Sporting de João Pereira e Ruben Amorim, há posicionamentos diferentes numa estrutura similar. O que vimos nos dois jogos do Rui Borges, não houve grande diferença de comportamentos, obviamente as circunstâncias mudaram. Perceber como o Rui olha para as suas equipas e ver que não há muita diferença. Esperamos um Sporting à imagem do seu treinador".

Marcano: Já está connosco há algum tempo, tem acompanhado, tem estado em estágio, é muito influente no balneário, é muito ouvido. É sempre bom tê-lo por perto. Já está clinicamente apto, pronto a dar o seu contributo sem reserva".
Beneficiou não jogar na Madeira: "Não me parece, estamos a jogar apenas ao quarto dia, ao terceiro dia poderia haver alguma vantagem da nossa parte. Estamos a falar de um jogo com um cariz muito próprio, é um Clássico em que as duas equipas levam o jogo para alta escala e a fadiga antecipa-se. Tivemos 15 minutos de jogo, as viagens, tudo isso não foi simpático para nós, mas aconteceu. Não acho que haja vantagem da nossa parte ou mesmo do Sporting no que toca a recuperar jogadores".
Preparação de jogo: "Não dá mais trabalho, fazemos o mesmo com qualquer adversário, utilizamos uma base de dados com os últimos oito adversários, tentamos encontrar uma equipa que se assemelhasse à nossa, olhamos mais atentamente para os jogos em que o Rui Borges esteve à frente, tentar perceber se havia muita diferença em relação aos comportamentos no Vitória SC. Estamos a falar de um plantel diferente no Sporting, que dão outras nuances ao jogo. Foi isso que fizemos, se sai a três, se defende a quatro, é algo que já acontecia no passado, ainda agora aconteceu com o Maxi Araújo a ajudar o Matheus Reis como quinto homem... É perceber como o Rui se vai adaptar a nós e se vai montar uma linha de cinco. Parece-me que vai ser uma equipa a defender a quatro, como faria no Vitória SC".
Campeão de inverno influencia: "Se perguntar a qualquer um dos quatro treinadores, todos querem ganhar, mas só um vai ganhar. Não me faz sentido achar que a temporada fica hipotecada. São fazeres e refazeres constantes. A derrota pode estar presente, temos de ter mecanismos para lidar com a adversidade, temos de olhar para isso da maneira certa. Queremos muito jogar e ganhar amanhã, sabemos que vai ser difícil e agora é jogar. Ir a jogo com tudo, o talento apenas não chega nestes jogos. Mais do que isso é o compromisso".
Deslumbramento de Mora: "Se for igual ao Rui Barros no talento, já fico muito contente e seria um excelente sinal se fizesse um pouquinho da carreira que ele fez. Não sei se têm visto, mas o Rui Barros ainda joga que é uma maravilha, é deslumbrante, tem um talento absurdo. Creio que foi o pai do Mora que disse que ele tem os pés bem assentes na terra e está bem rodeado, tudo isto será uma novidade para ele. O que vejo nele é muita vontade de crescer, de evoluir, o caminho é longo e tem algumas pedras pelo meio, cá estaremos para o ajudar, proteger, as vozes críticas vão começar aparecer. Não me parece, porque há uma empatia muito grande das pessoas com o Rodrigo, eu também a tenho, mas dá-me ideia que está muito bem rodeado. Para um menino de 17 anos é importante perceber que quem o rodeia consegue aconselhá-lo, que nem tudo são flores, se tiver mente aberta para isso, fará carreira no futebol".

Possível segundo título: "No final de uma carreira, o treinador olha para trás e vê o que construiu no palmarés individual. Eu percebo esse lado objetivo e materialista. Mas sou pessoa de, apesar de não parecer, sou emocional, sou de relações e vínculo, não devemos menosprezar esse fator. Quando se olha para trás, é muito isso que fica no futebol. Agora, títulos são sempre títulos, não preciso nem me quero impor de forma autoritária, quero que olhem para mim como referência, como um líder que o é pela competência, transparência na relação e lealdade, sem nada forçado ou imposto... No fundo, é importante, um título está em disputa, no FC Porto tem de se querer ganhar, ponto".
Impacto emocional da última jornada (derrota Benfica e empate do Sporting): "É um dos melhores momentos da equipa pelos nossos resultados recentes, não podemos disassociar uma coisa da outra. O dia a dia no Olival tem de ser a base do que queremos conquistar mais para a frente. Em relação a não jogarmos na Madeira, a Taça da Liga aparece num contexto - e com um caminho bem diferente -, não me parece que o Sporting venha fragilizado de Guimarães, não me parece que seja um vencedor antecipado por estar em primeiro no campeonato. É uma competição muito própria, com um formato peculiar, com dois jogos podemos conquistar um título se ganharmos na final. É um Clássico, vai ser um jogo com um lado emocional muito latente, são duas equipas que gostam de se bater e que se conhecem bem. Muitas vezes nestes jogos aparece o génio de um jogador para resolver".
