Recorde aqui as incidências do encontro
Deve ser um exercício de resistência mental extraordinário para as jogadoras do Real Madrid não tremerem quando estão frente a frente com o Barcelona. A secção feminina do Real Madrid, desde a sua criação, não fez outra coisa senão perder num El Clásico. E, longe de diminuir o fosso que as separa, este só tem aumentado. Os últimos resultados são disso testemunho. O último, em Madrid, na primeira mão da meia-final da Taça de la Reina, terminou com uma humilhante goleada de 5-0.

Obviamente, e deixemos os clichés de lado, o bilhete para a final já pertencia às culés. O que se esperava no Johan Cruyff era que a equipa de Toril conseguisse, de uma vez por todas, dar luta e, pelo menos, consolar-se ao vencer o seu eterno inimigo. As esperanças duraram 24 minutos. Depois de várias tentativas de remate de longe, e de alguma persistência pela esquerda, com Salma Paralluelo muito superior a Antonia, foi pela direita que Hansen fez um passe para Patri Guijarro ficar sozinho frente a Misa. Momentos depois, o Barça já vencia por 1-0.
O Madrid, que tinha ousado avançar um pouco, começou a desaparecer à medida que a equipa de Pere Romeu se sentia cada vez mais confortável com uma facilidade espantosa. Não houve mais golos na primeira parte, mas não por falta de oportunidades.
Mas assim que a segunda parte começou, com Pajor a substituir Kika Nazareth, a melhor marcadora das blaugranas fez o 2-0 depois de roubar uma bola à entrada da área e finalizar da melhor forma.
É verdade que as merengues não perderam a coragem e tentaram fazer valer o jogo. Chegaram mesmo a criar algumas oportunidades claras contra Cata Coll. Mas era apenas uma questão de tempo até ao terceiro golo, que aconteceu a pouco mais de 20 minutos do fim, quando Rolfo cruzou para a polaca Pajor.
Já com o jogo resolvido, e com a partida a aproximar-se do fim, a jogada de Olga Carmona terminou num cruzamento que Bruun finalizou para anotar o golo de consolação e quebrar a série de dois anos e dois meses de seca. Uma pequena consolação, dada a enorme superioridade e diferença de qualidade entre as duas equipas.