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Messi abre a porta de saída da seleção: "Vai ser muito especial"

Messi com o Inter Miami
Messi com o Inter MiamiCHANDAN KHANNA / AFP
No último jogo de qualificação para o Mundial-2026 na Argentina, Messi deixou em aberto a possível despedida. Aos 38 anos, prepara-se para fazer o último torneio com a atual campeã do mundo

Lionel Messi voltou a emocionar o mundo do futebol com um anúncio que marca o início do fim de uma era. O capitão da Argentina deu a entender que o jogo contra a Venezuela, na próxima quinta-feira, 4 de setembro no Estádio Monumental, será o último oficial que vai disputar no país.

O rosarino, de 38 anos, fez a revelação após o apuramento do Inter Miami para a final da Taça das Ligas, em que foi destaque com dois gols na vitória por 3-1 sobre Orlando City. Enquanto comemorava com os companheiros, foi questionado sobre o compromisso da Albiceleste em Buenos Aires, e edeixou uma frase que já ficou gravada na memória dos adeptos.

"Sim, vai ser um jogo muito especial para mim, porque é o último da qualificação na Argentina. Não sei se depois haverá particular, mas sei que vai ser especial, por isso vou estar acompanhado de toda a minha família: a minha mulher, os meus filhos, os meus pais, os meus irmãos e a família da minha mulher. Queremos vivê-lo dessa maneira", declarou emocionado o astro argentino.

Uma despedida em casa, mas não o fim da história

Embora a partida contra a Vinotinto seja a despedida oficial da qualificação sul-americana para o Mundial-2026 em solo argentino, Messi ainda terá mais um compromisso na competição: no dia 9 de setembro, contra o Equador, em Quito, pela última jornada. A Argentina já está apurada, portanto será uma partida sem a pressão dos pontos, mas igualmente carregada de simbolismo para o capitão.

O caminho que se avizinha para a Seleção

A Associação do Futebol Argentino (AFA) já tem definida a agenda posterior. Em outubro, a Albiceleste fará uma excursão pelos Estados Unidos com jogos diante de Venezuela e Porto Rico, enquanto em novembro viajará para a África e a Ásia, com jogos em Angola e na Índia no âmbito da pausa internacional-

Além disso, em março de 2026 poderá haver outro grande momento com Messi: a Finalíssima contra a Espanha, confronto que coloca o campeão da Copa América frente ao campeão do Europeu. A realização desse duelo depende do calendário de Espanha. Londres, Catar e Arábia Saudita são os candidatos a receber esse confronto.

A marca de Messi

Os números do capitão em jogos oficiais na Argentina são o reflexo do seu impacto. No total, entre qualificações, Copa América e particulares, disputou 49 partidas, marcou 35 golos e fez  19 assistências. Bolívia (7), Uruguai (5) e Equador (4) são seus adversários preferidos na hora de marcar.

O percurso começou em 2005 e o levou a enfrentar 19 seleções diferentes ao longo de duas décadas. Nesse caminho, tornou-se o maior goleador histórico do torneio sul-americano e o estandarte de uma geração que alcançou a glória na Copa América 2021 e no Mundial-2022.

O presente no Inter Miami

Antes de voltar a vestir a camisa albiceleste, Messi terá um compromisso importante com o Inter Miami: a final da Taça das Ligas contra o Seattle Sounders, marcada para domingo, 31 de agosto, no Lumen Field. Será a 44.ª final da sua carreira profissional, na qual procura conquistar o 47.º título.

"Este é um grupo que compete sempre. Já tínhamos sido eliminados na Liga dos Campeões da CONCACAF, mas sabíamos que íamos lutar por esta Taça das Ligas. Agora temos a chance de disputar mais uma final e isso deixa-me muito feliz", afirmou após a vitória sobre o Orlando.

O início do adeus

Embora Messi ainda não tenha confirmado se disputará o Mundial-2026 nos Estados Unidos, México e Canadá, o anúncio deixou claro que o fim está mais próximo do que nunca. O jogo contra a Venezuela será muito mais do que uma partida de qualificação: será uma despedida simbólica do público argentino, num palco que o viu crescer, sofrer e alcançar a glória com a camisola albiceleste.

A expectativa será enorme. O Monumental prepara-se para viver uma noite histórica, em que milhões de adeptos poderão estar presentes na último dança caseira do jogador mais importante da história do futebol argentino, ao lado de Diego Maradona.