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CAN: Costa do Marfim põe de lado as calamidades do passado com apuramento para as meias-finais

Costa do Marfim festeja o segundo golo contra o Mali
Costa do Marfim festeja o segundo golo contra o MaliReuters
A anfitriã Costa do Marfim evitou por pouco uma humilhante eliminação na fase de grupos da Taça das Nações Africanas, mas sabe que terá de jogar muito melhor se quiser chegar à final da competição.

Os marfinenses enfrentam a República Democrática do Congo na próxima quarta-feira, com a reputação restaurada depois de vencerem o Mali nos quartos de final de sábado, em Bouake, apesar de terem estado com 10 homens durante a maior parte do jogo e de terem estado a perder por um golo.

A seleção da Costa do Marfim recuperou e empatou o jogo aos 90 minutos, e marcou o golo da vitória no último minuto do prolongamento.

"Não estávamos longe da eliminação, mas estou muito feliz pelos jogadores, porque eles não desistiram, lutaram até o fim e foram recompensados pelos seus esforços", disse Emerse Fae, que assumiu o cargo depois do técnico Jean-Louis Gasset ter sido demitido no final da primeira fase.

Os marfinenses tinham poucas possibilidades de chegar até aqui, depois de tropeçarem na fase de grupos, quando sofreram uma humilhante derrota por 0-4 para a pequena Guiné Equatorial, no seu novo estádio em Abidjan.

O resultado foi uma espera angustiante de três dias antes de garantir um lugar nos oitavos de final, passando como o último dos melhores terceiros classificados.

Nos oitavos de final, os senegaleses eliminaram o campeão Senegal, mas só depois de um penálti tardio que os levou a empatar 1-1, a levar o jogo para o prolongamento e a conseguir a passagem nos penáltis.

No sábado, o central Odilon Kossounou foi expulso aos 43 minutos e o Mali abriu o placar aos 71'.

"Se consegues vencer com 10 contra 11, quando estava a perder por 0-1 a 20 minutos do fim, é porque existe uma força mental", acrescentou Fae.

"Acho que taticamente estivemos muito bem, quase melhor com 10 homens do que com 11", explicou.

Fae, ex-jogador da seleção marfinense, nascido em França e que foi assistente de Gasset no início do torneio, disse que agora a seleção precisava de mudar a maneira como começava os jogos.

"Contra o Senegal, demorámos 10 a 15 minutos a entrar no jogo e contra o Mali tivemos problemas tácticos que não conseguimos resolver inicialmente. Contra o Senegal e o Mali, tivemos a sorte de estar sempre a recuperar. Temos de tentar controlar o jogo em vez de aguentar a pressão e sermos obrigados a lutar e ter de fazer um esforço para recuperar", explicou.

"O que fizemos nos dois últimos jogos são sinais positivos que nos dão esperança. No entanto, preferia que não houvesse tanta incerteza", acrescentou Fae.