CAN: Depois das surpresas, é hora do clássico entre Nigéria e Costa do Marfim

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CAN: Depois das surpresas, é hora do clássico entre Nigéria e Costa do Marfim
A seleção dos Camarões em preparação para a grande final
A seleção dos Camarões em preparação para a grande finalFRANCK FIFE/AFP
A 34.ª final da CAN promete ser emocionante, entre a Costa do Marfim, que sonha em fazer um último milagre em casa, e Victor Osimhen, que sonha em cumprir a sua missão de levar a Nigéria ao título, este domingo, em Abidjan.

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Depois de um mês cheio de surpresas, a Taça das Nações Africanas volta a ser um clássico entre dois velhos adversários: os Elefantes, duas vezes vencedores (1992 e 2015) e as Super Águias, com três títulos (1980, 1994 e 2013).

Neste domingo, a população de Abidjan vai tomar conta da congestionada estrada N'Dotré para pintar de laranja o distante estádio Ebimpé. Os adeptos da Costa do Marfim acreditam mais do que nunca na sua terceira estrela, depois de terem estado tão perto da eliminação tantas vezes neste turbulento torneio.

Os Elefantes foram a última seleção a ser apurada, apesar da derrota por 4-0 para a Guiné Equatorial, e foram reanimados pelo ex-adjunto Emerse Faé, que substituiu Jean-Louis Gasset como treinador antes dos oitavos de final. Os seus jogadores derrotaram o Senegal (1-1 e 5-4 nos penáltis) e o Mali (2-1 nos penáltis), marcando nos últimos instantes, como se estivessem protegidos pelos deuses do futebol.

Nas meias-finais, controlaram melhor o seu jogo e venceram a República Democrática do Congo (1-0), com um golo de Sébastien Haller, o avançado que chegou lesionado e que tinha falhado toda a primeira fase.

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Osimhen, o "Rei de África"

O astro nigeriano Victor Osimhen começou a jogar mesmo a tempo. O "Rei de África", como lhe chama o seu companheiro de equipa Ahmed Musa, tem como missão vencer a CAN. Está perto de atingir o seu objetivo. Só marcou um golo, mas deu o máximo pela sua equipa. Marcou dois penáltis, provocou um autogolo e fez uma assistência para Ademola Lookman (3 golos na CAN).

Osimhen "sabe que é um jogador importante, que tem sofrido muito contacto, pressão e stress, mas também sabe que a equipa o ajuda. E, claro, também nos ajuda a nós", disse o treinador José Peseiro.

"O futebol é um trabalho de equipa, ninguém pode ganhar sozinho, ninguém pode fazer tudo sozinho, e ele sabe disso. O que conta é o espírito de equipa", acrescentou o treinador português.

Peseiro não tem medo de jogar num estádio quase inteiramente dedicado à causa do adversário. " Acho que é bom", disse, com um ar malicioso, parecendo Joe Pesci em Goodfellas. "Os meus jogadores e toda a minha equipa preferem jogar num estádio cheio e com um bom ambiente, mesmo que às vezes nos assobiem".

Costa do Marfim, zero golos em quatro finais

É claro que os marfinenses contarão com o apoio dos adeptos. E vão precisar, uma vez que a Costa do Marfim ainda não marcou nenhum golo em quatro finais da CAN - mais de 480 minutos!

Todas elas foram a penáltis. Venceu a primeira e a última (1992 e 2015), ambas contra Gana (0-0, 11-10 nos penáltis, e depois 0-0, 9-8 nos penáltis). Perderam as finais de 2006 e 2012 contra o Egipto (0-0 e 4-2 nos penáltis) e a Zâmbia,de Hervé Renard, (0-0 e 8-7 nos penáltis).

A Nigéria, por sua vez, perdeu quatro das sete finais que disputou, mas este ano eliminou o seu habitual carrasco, Camarões, que a derrotou em 1984, 1988 e 2000.

Quanto ao aspeto psicológico, Emerse Faé considera que "as equipas estão em pé de igualdade", apesar das prestações diferentes. Os nigerianos "têm sido impecáveis até agora e têm-se tornado cada vez mais sólidos defensivamente e perigosos ofensivamente", explica.

"Tivemos um início difícil, mas melhorámos com o jogo contra o atual campeão Senegal. Vencer o Mali com dez homens deu-nos muita confiança e a vitória sobre o Congo aumentou-a", continuou Faé, que pode conquistar o seu primeiro título após apenas quatro jogos no comando técnico dos Camarões.